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quarta-feira, 25 de março de 2015

Vereadores e o Prefeito de Russas faltam a audiência que tratou de transferência do Lixão.

Na terça feira, dia 24/03, a Promotoria Pública do município de Russas representado pelo Promotor de Justiça da Comarca local, Dr. Joao Batista, realizou uma audiência pública no auditório da 10ª CREDE, para discutir a problemática do depósito de resíduos sólidos (Lixão), coleta seletiva de materiais recicláveis, e a imediata retirada do lixão na comunidade do Alto de São João, por está prejudicando a saúde dos moradores do Bairro Aeroporto e Adjacências.
  
 Mesmo sendo convidado com antecedência, o Executivo municipal assim como, a câmara de vereadores de Russas, não se fizeram presentes a audiência por demais importante para a comunidade Russana. Permanecendo apenas o promotor de justiça Dr. João Batista, a representação da associação dos catadores de reciclagem, cáritas diocesana, moradores das comunidades afetadas, representadas pela associação de moradores do Alto do São João e sociedade preocupada com a retirada do lixão na periferia de Russas.
Com a palavra, Carlos Felix, representando o Conselho Estadual das Cidades, lamentou a ausência do prefeito Weber Araújo e dos Secretários na audiência, pois seriam eles os mais cobrados pelos presentes, e os responsáveis para apresentarem soluções para os problemas e queixas das comunidades afetadas pelo problema do lixo, e da falta de água apresentadas pelas comunidades.
 
Depois do retrospecto da luta dos catadores, feito por Silvania Mendes








 da Cáritas, a palavra passou aos moradores, que deram testemunhos lamentáveis de como estão sendo obrigadas a viver no Bairro do Aeroporto, o caso de uma senhora de 66 anos, que sofre diáriamente com falta de ar, devido a fumaça tóxica, e um cidadão que foi obrigado a sair de sua casa e pagar aluguel na cidade, para ter a vida de seu filho recém-nascido preservada.
Outro crime apontado por Valcinilson Oliveira, presidente da associação comunitária, classificando com um dos mais graves a vida humana, é a capitação de água a menos de 500 metros do lixão, de onde várias pessoas tiram água para o consumo, inclusive para beber e tomar banho.
 Concluído os relatos da comunidade e dos representantes das associações, o promotor convidou os presentes a formarem uma comissão que representasse todos os afetados, para juntos, a Promotoria elaborar um TAC (Termo de Ajuste de Conduta), o qual será apresentado ao Executivo Municipal no inicio do mês de Abril com as seguintes exigências.
  • Disponibilidade de um veículo para o transporte de material reciclável (Óleo de Fritura)
  • Elaboração de um plano municipal de coleta seletiva
  • Regularidade no repasse do convênio com a associação de catadores de Russas (ASCAMARU) e,
  • A imediata retirada do lixão da periferia da cidade.
 Sobre a último ítem, o Promotor negou que tenha determinado que o lixão não possa ser mudado, destacando que em caso como aquele, de extrema necessidade, a mudança poderia ser feita de forma provisória. O que deveria acontecer em um curto espaço de tempo.
Por/ Arnaldo Freitas
FONTE: TV Jaguar