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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Polícia identifica quadrilha que filmou execução no Ancuri


A Polícia Civil identificou a quadrilha suspeita de executar e filmar a morte de Fábio Rodrigues de Sousa, 24. O crime ocorreu por volta das 11 horas da última terça-feira (17). A informação foi repassada durante coletiva nesta segunda-feira (23).


Ariadna Lima Cordeiro, conhecida como 'Nobinha', que aparece na gravação filmando e questionando se não ia poder atirar também. Um dos suspeitos é um adolescente de 17 anos (nome preservado), além de Jorge Maciel de Sousa, de 21 anos Todos se encontram foragidos e, apesar das diligências, a Polícia ainda não encontrou o grupo. Além de uma quarta pessoa conhecida somente por Matheus.

"Não se trata de um grupo que se articulou para matar um desafeto. É um grupo organizado, responsável por outros crimes, inclusive um outro homicídio que houve no domingo de Carnaval, dia 15, em um local próximo ao da execução de Fábio.  Eles também são responsáveis pelo resgate da delegacia de Itaitinga. Um dos indivíduos, inclusive, veio a óbito em confronto com a Polícia", comenta. 

Ainda de acordo com o delegado George, o grupo tentava dominar o tráfico na área do Santa Fé e possuiam um inimigo do tráfico. O objetivo era minimizar o grupo do rival. A vítima estava envolvida com o tráfico e seria um concorrente dos suspeitos, mesmo não possuindo nenhum antecedente criminal. 

Sobre companheiro da vítima no momento do crime, o delegado ressaltou que ele não tinha nenhum envolvimento. 

Todos os três efetuaram os disparos.  O menor foi o primeiro, o segundo foi Mateus, o terceiro o Jorge Marciel, que que efetuou apenas um disparo em razão das munições terem acabado.  Jorge responde na Justiça por homicídio, a Ariadna não possui registro policial, mas tem uma irmã que está recolhida no presídio por assalto. Já o rapaz identificado apenas como "Mateus" seria irmão do homem que morreu durante uma tentativa de resgate em Itaitinga. 

A munição utilizada no crime foi de pistola calibre 380 que foram apreendidos no local. Parentes dos suspeitos foram ouvidos e colaboraram com as investigações e,  inclusive, identificaram os próprios familiares no vídeo. 

Indagado pela motivação da divulgação do vídeo, o delegado disse que os suspeitos achavam que ficariam impunes. "Nós acreditamos que pela certeza de impunidade eles têm. Não acreditavam que iríamos nos empenhar e identificá-los e prendê-los", explicou. 

Fonte: Diário do Nordeste