Um grupo formado por cerca de cinco homens sequestrou a família do gerente do Banco do Brasil de Missão Velha, na Região do Cariri, e praticou um assalto à agência, na manhã de ontem. A modalidade de roubo é conhecida na linguagem policial como 'sapatinho'. De acordo com a Polícia, o gerente e seus familiares foram liberados pelos assaltantes momentos após o bando tomar pegar o dinheiro no banco.
Conforme o inspetor Lucivânio Barbosa, da Delegacia Municipal de Missão Velha, o sequestro teve início na noite do último domingo (22). Ainda não se sabe em quais circunstâncias a quadrilha teria invadido a residência, porque as vítimas ainda não foram ouvidas. A família permaneceu em cárcere privado, em um cativeiro na cidade de Juazeiro do Norte, até a manhã de hoje, por volta das oito horas.
"Por enquanto, somente um funcionário do banco que conversou com o gerente foi ouvido. As vítimas ainda se recuperam do trauma sofrido e ainda não se sentem preparadas para relatar a situação que viveram", declarou o inspetor.
A quantia levada pelos criminosos ainda não foi divulgada. "Eles chegaram à agência como clientes normais. Estavam acompanhados pelo gerente e não levantaram nenhuma suspeita. Quando pegaram o dinheiro foram embora sem serem reconhecidos", disse Barbosa.
O titular da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), Raphael Villarinho, disse que somente o gerente foi levado do cativeiro até Missão Velha. As outras vítimas permaneceram em Juazeiro do Norte como garantia de que o saque seria feito no cofre da agência pelo funcionário.
Levantamentos
"Por enquanto, ainda não temos suspeitos. Estamos fazendo levantamentos na cidade e buscando as imagens de circuito interno de segurança da agência e de estabelecimentos próximos, para tentarmos reconhecer os criminosos que foram até o banco", disse Villarinho, que determinou o deslocamento de equipes da DRF até Missão Velha.
Segundo a Polícia, os dois homens que acompanharam o gerente até o banco fugiram em um veículo branco em direção ao município de Barbalha.
Patrulhas do Comando Tático Rural (Cotar) estão fazendo buscas aos suspeitos com apoio da equipes da Companhia Independente de Operações e Sobrevivência na Área de Caatinga (Ciosac) e do Grupo de Apoio Tatico Itinerante (Gati), da PM de Pernambuco, na fronteira do Crato com o município de Exu.
FONTE Diário do Nordeste