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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Pastor é morto em tentativa de assalto



O pastor evangélico e assessor de gabinete da Secretaria Executiva Regional (SER) II Paulo César de Araújo, 46, foi morto dentro do veículo que conduzia, na tarde de ontem, em uma tentativa de assalto, no cruzamento das avenidas Santos Dumont e Almirante Henrique Saboia (Via Expressa), no bairro Papicu. Segundo testemunhas, os dois acusados do crime desceram de um trem de carga, que passava ao lado da Via Expressa, praticaram o crime, subiram novamente na locomotiva e fugiram.
De acordo com o sargento PM Johan Ramos, do 8º Batalhão, o crime ocorreu por volta das 16 horas. Colegas de trabalho informaram que Paulo César havia saído da SER II após uma reunião e seguiu no Celta dele para buscar a filha no colégio. No sinal de trânsito situado no cruzamento da Via Expressa com Rua Vilebaldo Aguiar ele foi abordado por um assaltante.
Eles desceram do trem que estava lento e foram em direção aos veículos. Um dos acusados chegou, bateu no vidro e mandou ele (Paulo César) abrir. Como ele não baixou, outro assaltante chegou e atirou. Depois subiram de novo no trem. Isso foi o que as testemunhas nos informaram", contou o capitão PM Claudomiro Silva, comandante da 4ª Cia/8º BPM.
Ajuda
Baleado, o pastor ainda conseguiu conduzir o veículo por cerca de 50 metros, dobrou na Avenida Santos Dumont e parou em frente a um depósito de tintas, pedindo ajuda. Funcionários do estabelecimento disseram aos policiais que a vítima buzinou e eles foram em direção ao automóvel achando que era um cliente. No entanto, viram Paulo César agonizando com um ferimento a bala no peito.
Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada, mas ao chegar ao local, o pastor já estava morto. Patrulhas do 8º BPM e equipes da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) estão fazendo buscas aos suspeitos. Até o fim da noite de ontem, ninguém havia sido preso.
O secretário da SER II, Cláudio Nelson, esteve no local do crime. O gestor afirmou que Paulo César era um servidor comprometido e responsável. "Era uma pessoa excelente. Lamentamos muito tudo isso", disse.
Fernando Brandão, articulador da SER II e colega de trabalho da vítima, disse que participou de uma reunião com Paulo César até cerca de uma hora antes do crime. "Por volta de 16 horas ligaram e disseram que um funcionário estava morto dentro de um Celta Preto. Aí pensei: é o Paulo César. Liguei para o celular dele umas dez vezes e ninguém atendeu. Uma colega nossa veio ao local e confirmou que ele havia morrido"
Diário do Nordeste