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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

MP quer aumentar pena de Roger Abdelmassih para 400 anos


O Ministério Público (MP) de São Paulo quer aumentar para 400 anos de reclusão a pena contra o ex-médico Roger Abdelmassih, preso na ultima terça-feira (19) no Paraguai. A argumentação do MP é que a justiça precisadesconsiderar a pena mínima imposta ao ex-médico pelo crime de abuso contra as vítimas e calcular a prática com penalidade máxima.
De acordo com o MP, o aumento na pena de Roger Abdelmassih seria uma forma de justiça para as vítimas e para a sociedade. "Ele merece isso porque cometeu os estupros reiteradamente" disse o promotor Dal Poz. ''A conduta dele (Abdelmassih) é a maior conduta de crimes sexuais do Brasil. Ele é o maior criminoso sexual do Brasil. Até hoje não vi ninguém com condenação desse porte e essa quantidade de vítima.”, disse o promotor.
A argumentação usada pelos advogados de Abdelmassih é que a sentença do ex-médico teria transitado em julgado no Tribunal de Justiça (TJ). Eles afirmaram ainda que um pedido de habeas corpus foi feito e tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em entrevista ao portal de notícia G1, o TJ disse que não tem previsão de quando os pedidos da defesa serão apreciados.
Médico é acusado de estuprar mais de 50 pacientes
Roger Abdelmassih, que atuava no Brasil como médico cirurgia e um dos maiores especialistas em reprodução assistida, foi preso na ultima terça-feira (19) em Assunção, capital do Paraguai. Ele estava foragido desde janeiro de 2011.
Abdelmassih foi condenado por abusar sexualmente de 52 pacientes enquanto elas eram sedadas para serem atendidas em sua clínica. Para o crime, a pena imposta pelo MP de São Paulo foi de 278 anos de prisão em regime fechado. Mas a promotoria entende que este cálculo, é baseado na pena mínima, fato considerado inaceitável.
Nos últimos dias, através de redes sociais e em entrevista a telejornais, as vítimas que acompanharam todo o desenrolar da prisão de Roger, clamavam por justiça. Algumas delas, afirmaram ter sofrido ao longo de anos com doenças psicológicas chegando a ter abstinência de beijos por até 6 anos por traumas devido ao abuso que sofriam. O esposo de várias delas resolveram pedir o divórcio logo que o caso, na época, foi descoberto.
Em defesa, o ex-médico afirmou que nunca abusou de suas pacientes e que apenas beijava algumas delas.
Fonte: Diário do Nordeste