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sexta-feira, 2 de maio de 2014

Pelo menos 237 ônibus foram incendiados no país este ano

Levantamento feito pela NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos) aponta que ao menos 237 ônibus foram incendiados no país neste ano em meio a protestos ou ataques criminosos.

Na noite de ontem, ônibus foram queimados em São Bernardo do Campo (Grande SP) e Sorocaba (a 99 km de SP). Nesta semana, nove ônibus foram incendiados em protestos no Rio.

A NTU, que reúne cerca de 500 empresas --responsáveis por 90% do transporte público no país--, divulgou uma "manifestação pública" contra os incêndios.

No texto, a entidade cobra ações do poder público para conter a "onda de violência" e diz que o setor já teme pela continuidade dos serviços em algumas localidades, especialmente perto da Copa do Mundo.

A frota de ônibus urbanos do país soma mais de 107 mil veículos, segundo a associação.

Veja a manifestação pública da NTU:
"Incêndios criminosos estão aterrorizando o transporte público por ônibus no Brasil. Passageiros, motoristas e cobradores enfrentam diariamente o dilema da insegurança nos seus deslocamentos diários. Somente nos primeiros quatro meses deste ano, 237 ônibus foram incendiados nas cidades brasileiras --número que cresce diariamente.

Frente a essa situação, a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, entidade representativa das empresas operadoras de ônibus urbanos, vem a público expor a preocupação com o descontrole desses vandalismos e com o estado de insegurança que coloca em risco a vida de milhares de brasileiros.

Cada vez é maior a insegurança e o risco empresarial da atividade, o que nos leva a temer pela continuidade desse serviço, que é essencial para a vida nas cidades.

Além do valor à vida, que é incomensurável, o prejuízo material é imenso e arcado unicamente pelas empresas operadoras.

Diante do exposto, a NTU e suas mais de 500 empresas associadas, que são responsáveis por realizar 90% do serviço de transporte público coletivo nas cidades brasileiras, apelam aos poderes públicos para que tomem providências com o objetivo de conter essa onda de violência que compromete o serviço justo no momento em que o País se prepara para o maior evento esportivo do planeta, a Copa do Mundo."

Fonte: Folhapress