O protético Ismael Sampaio Costa, acusado de matar a esposa, Antônia Roseana Alexandrino Mota, 26, foi submetido a júri popular, ontem, em Tauá (344Km de Fortaleza) e terminou condenado. O juiz Luciano Nunes Maia Freire sentenciou o homicida a 31 anos e oito meses de reclusão.
O réu confessou ter matado Roseana Alexandrino a pauladas. Ele contou que teria agredido a esposa após uma discussão, mas não queria matá-la. Quando percebeu que a mulher tinha morrido, decidiu ocultar o cadáver. Ismael contou ter levado o corpo do local onde o crime aconteceu - às margens da CE-176, entre os municípios de Arneiros e Tauá - até um local ermo, no Município de Pimenteiras, já no Piauí. Chegando lá, o protético disse ter jogado gasolina e ateado fogo ao corpo de Roseana.
Ao ouvir o depoimento, a mãe da vítima não controlou a emoção e teve que deixar o Fórum. Ismael disse ainda, ter agido sozinho e que as duas pessoas que eram citadas no inquérito policial como partícipes do crime, Wilames Gomes Mota e Felipe Maciel Fernandes, não tinham nada a ver com o ocorrido.
Roseane Alexandrino era professora, na cidade de Tauá. Ela saiu de casa, no bairro Colibris, no dia 2 de dezembro para ir dar aulas, mas nunca mais voltou. A mãe da professora iniciou buscas e acionou a Polícia. O delegado Osmar Berto, titular da Delegacia regional de Tauá na época, diligenciou durante vários dias até que os restos mortais de Roseana foram encontrados, em Pimenteiras, no Piauí. Um exame de DNA teve que ser feito para que o corpo fosse identificado, já que havia sido carbonizado e o que restou estava putrefato.
Diante das muitas discussões entre o casal, da vida atribulada que levavam e do fato de saques terem sido feitos da conta bancária da vítima depois de seu desaparecimento, Ismael foi apontado como principal suspeito e acabou preso. O protético conseguiu fugir, mas foi recapturado em fevereiro deste ano, em Santa Inês, no Maranhão, e desde então permanece preso.
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