Morreu, na noite da última quinta-feira, 20, o policial militar Agildo da Silva Monteiro, 39, que lutava desde 2011 contra um câncer na tireoide. Há dezesseis anos integrando o quadro da Polícia Militar do Ceará, o policial aguardava da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) o fornecimento de medicamento destinado ao tratamento da doença. O fornecimento do medicamento, de nome CAPRELSA, foi suspenso pela Sesa em julho de 2013.
Primeiramente Monteiro procurou a Procuradoria da Saúde. Ele ganhou na Justiça que o Governo pagasse a medicação, com multa diária de R$ 5 mil por dia caso não cumprisse. O dinheiro não foi pago até hoje, sob alegação de que não havia verba.
Então, o policial e familiares procuraram o Ministério Público (MP), que impetrou mandado de segurança coletivo, em sede de liminar, determinando o fornecimento da medicação pela Sesa, sob pena de multa e responsabilização criminal e administrativa. A decisão foi publicada no Diário da Justiça em 13 de Dezembro de 2013.
Agildo foi diagnosticado com carcinoma medular de tireóide, tumor mais agressivo responsável por aproximadamente 5% dos casos de câncer da tireoide. Passou por quatro cirurgias. O soldado morreu sem receber o medicamento garantido pela justiça. Créditos ao blog O Povo.