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segunda-feira, 17 de março de 2014

FHC, agora, um ativo político


Depois de três campanhas sem que o candidato de seu partido (duas vezes José Serra e uma vez Geraldo Alckmin) defendesse as ações de seus dois governos, Fernando Henrique Cardoso agora experimenta uma outra situação: ele pode ajudar o candidato tucano à Presidência.
Isso é o que mostra pesquisa feita pela pré-campanha de Aécio Neves que, ao contrário dos candidatos anteriores, não pretende "esconder FHC", mas mostrá-lo como apoiador da campanha. Foi a partir do resultado dessa pesquisa que surgiu a ideia de lançá-lo como vice na chapa tucana deste ano. Segundo fontes do PSDB, Fernando Henrique não deve compor a chapa com Aécio, mas prevalece até aqui a estratégia de que a vaga deve ser de um nome de São Paulo.

Segundo pesquisa feita por encomenda do PSDB, há uma nítida recuperação da imagem de Fernando Henrique junto ao eleitorado. Depois de 12 anos fora do poder, ele é visto como um político sério e honrado. Além destes atributos pessoais, o PSDB quer lembrar à sociedade as ações de seu governo, especialmente, a estabilidade da economia com a chegada do Real. Por isso mesmo, este ano, no mês de julho,  quando Aécio já será oficialmente candidato à presidência da República, o PSDB fará ampla campanha para comemorar os 20 anos da nova moeda.

Nas últimas duas campanhas, o PT explorou à exaustão a imagem desgastada de Fernando Henrique. Nesse período, o desgaste do ex-presidente era comparável ao do José Dirceu, o nome do PT com imagem negativa perante o conjunto do eleitorado (no PT, ele é o segundo nome em aprovação, só atrás de Lula).
Enquanto a campanha do PT tentava colar FHC na imagem da campanha do PSDB, o candidato tucano tentava esconder a ligação com FHC. Na última campanha em São Paulo, o candidato do PSDB ao Senado fez o contrário, e exibiu Fernando Henrique em seu programa eleitoral. Aloísio Nunes Ferreira que estava bem atrás nas pesquisas acabou sendo o mais votado.
  Fernando Henrique é um ativo para o PSDB - disse um dos coordenadores da campanha tucana.
Créditos ao blog G1.