Objetos de grande tamanho detectados por satélites em órbita sobre o Oceano Índico e a oeste da Austrália, representam “indícios críveis” dos destroços do avião Boeing 777-200 da empresa Malaysia Airlines, que desapareceu no dia 7 passado, com 239 pessoas a bordo.
Uma das peças tem 24 metros de comprimento e a outra é menor. Foi o que informou John Young, funcionário da Autoridade Australiana de Segurança Marítima (AMSA), na capital federal Camberra.
As imagens são manchadas, mas “o importante é que são objetos relativamente grandes cobertos de água que emergem à superfície e desaparecem”, disse o especialista.
As possíveis ferragens estão 2.500 quilômetros a sudoeste da cidade de Perth, capital do Estado da Austrália Ocidental, em uma vasta zona isolada, “um verdadeiro pesadelo logístico”, explicou o ministro da Defesa da Austrália, David Johnston. “São informações sérias e críveis”, anunciou no Parlamento o primeiro-ministro australiano, Tony Abbot.
As autoridades da Malásia, muito criticadas por familiares dos desaparecidos pela gestão da crise, afirmaram que as imagens representam um ”indício crível” na busca. “Agora temos um indício crível”, disse o ministro dos Transportes malásio, Hishammuddin Hussein, em Kuala Lumpur. Mas ele disse que a informação ainda precisa ser corroborada e verificada.
Um navio norueguês, o St Petersburgo, chegou ontem à região apontada do Índico e está procurando as possíveis ferragens, anunciou a empresa de navegação Höegh Autoliners. Mas um porta-voz da companhia, Chreistian Dall, disse que a margem de busca ontem, no entanto, era reduzida. “Nessa região, o Sol se põe dentro de uma hora mais ou menos”, afirmou às 8 horas de Brasília).
No caso de confirmação de que os objetos são destroços do Boeing 777-200, de fabricação norte-americana, acabaria o grande mistério sobre a rota do avião, que decolou de Kuala Lumpur no dia 7 de março, data brasileira, correspondente ao dia 8 no Extremo Oriente, rumo a Pequim, uma direção totalmente oposta e a milhares de quilômetros dessa zona marítima.
A tripulação fez um último contato com a torre de controle antes de mudar de direção e desaparecer sem deixar rastro, em uma manobra provavelmente deliberada. “Para os familiares, em todo o mundo, a única parte de informação que desejam é a que simplesmente não temos: a localização do MH370”, admitiu o ministro malásio. Mas ele disse que as operações de busca e resgate do voo prosseguirão em todas as áreas. (das agências de notícias)
Saiba mais
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou que a procura do boeing é uma “prioridade absoluta” para os Estados Unidos, que têm disponibilizado todos os meios possíveis para localizar os destroços.
O FBI e o departamento de Transportes colaboram na investigação. Segundo a investigação, após a perda de contato o Boeing 777-200 ainda voou por várias horas, alterando direção e altitude. Havia 239 pessoas a bordo. Créditos o Povo ONLINE.