Fortaleza. A fissura na região do vertedouro do Açude Castanhão, em Alto Santo, município localizado a 242Km de Fortaleza, não compromete a segurança da barragem a curto prazo, mas deve ser controlada com reparos urgentes e ter monitoramento constante.
A conclusão é do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Ceará (Crea-CE), apresentado na manhã desta segunda-feira, pela comissão que foi formada há dois meses para analisar o problema.
A fenda está localizada no bloco 13, no Muro do Abraço, na região do vertedouro (sangradouro), possui 19 metros de altura, sendo nove abaixo da superfície e 2,5 cm de largura. Além disso, uma outra microfissura foi detectada pelos engenheiros da entidade na galeria de drenagem, de três metros de extensão e um milímetro de abertura. "É como um risco e já foi uma derivação da fissura principal, no entanto, não apresenta infiltração", explica o presidente em exercício da entidade, João César Pinheiro.
Motivos
Entre as possíveis causas da rachadura, indica o relatório, estão as tensões provocadas, durante a concretagem, pela variação do nível das rochas, no bloco 13, cujas diferenças chegam a cinco metros. Além de fatores térmicos, que podem ter influencia direta no aumento da fissura, assim como a utilização de dois tipos de concreto. "Abalos sísmicos, falhas da rocha ou imperícia humana estão descartados", garante a comissão.
Pinheiro avalia que a obra de vedação não deve custar mais do que R$ 500 mil e deverá durar entre 60 e 75 dias. Sobre o valor a ser disponibilizado, a Secretaria de Recursos Hídricos do Estado (SRH) confirma que já tem o montante e deverá repassar para o Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), visto que o serviço deverá ser realizado de forma emergencial. "Recomendamos a instalação de um plinto (peça quadrangular que serve de base a um pedestal ou a uma coluna). Sendo que o material a ser usado deve ser o tipo elástico (flexível)", salienta.
A comissão do Crea esteve em Jaguaribara - um dos municípios no Ceará onde está localizado o Açude Castanhão - no dia 17 de junho, com o objetivo de fazer um levantamento das condições de segurança da barragem.
Na ocasião, diz um dos membros do grupo, o engenheiro Lawton Parente de Oliveira, foi feita uma inspeção na trinca. "Foi aí que observamos também a outra fenda, de menor tamanho, mas que fica numa posição que quando o reservatório estava cheio não podíamos ver e nem avaliar seu impacto", frisa.
Reparos
Em nota, o Dnocs esclarece que a licitação visando a contratação dos serviços de recuperação da fissura na Estrutura de Concreto do Açude Castanhão está em fase de instrução na área técnica (setor de custo e orçamento).
"Os trabalhos/serviços estão previstos para serem feitos em dois meses, neste ano (2016), ainda antes da estação chuvosa do Estado de 2017, no período janeiro a abril", diz a nota.
Sobre a microfissura na parede da galeria de drenagem e outras existentes no concreto da barragem, o Dnocs garante que "são ocorrências normais e admissivéis em estruturas similares, já estão previstos os devidos reparos com monitoramento em projeto executivo no âmbito do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF)", conclui.
A SRH informa, via Assessoria de Imprensa, que, de acordo com a Política Nacional de Segurança de Barragens, a Secretaria é o órgão fiscalizador das obras de barramento em rios estaduais. A pasta, assevera, já havia detectado o problema e indicado ao Dnocs a necessidade da realização de obras para corrigir o problema. "Inclusive com a possibilidade de dispensa de licitação para que os serviços sejam realizados antes da próxima quadra chuvosa (quando poderá haver recarga no manancial e dificultar as obras); o laudo do Conselho Regional de Engenharia (Crea) vem reforçar essa necessidade", ressalta.
Além disso, continua, o órgão estadual se propõe a contribuir financeiramente para a realização dos serviços de reparo, por meio da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).
Diário do Nordeste
A conclusão é do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Ceará (Crea-CE), apresentado na manhã desta segunda-feira, pela comissão que foi formada há dois meses para analisar o problema.
A fenda está localizada no bloco 13, no Muro do Abraço, na região do vertedouro (sangradouro), possui 19 metros de altura, sendo nove abaixo da superfície e 2,5 cm de largura. Além disso, uma outra microfissura foi detectada pelos engenheiros da entidade na galeria de drenagem, de três metros de extensão e um milímetro de abertura. "É como um risco e já foi uma derivação da fissura principal, no entanto, não apresenta infiltração", explica o presidente em exercício da entidade, João César Pinheiro.
Motivos
Entre as possíveis causas da rachadura, indica o relatório, estão as tensões provocadas, durante a concretagem, pela variação do nível das rochas, no bloco 13, cujas diferenças chegam a cinco metros. Além de fatores térmicos, que podem ter influencia direta no aumento da fissura, assim como a utilização de dois tipos de concreto. "Abalos sísmicos, falhas da rocha ou imperícia humana estão descartados", garante a comissão.
Pinheiro avalia que a obra de vedação não deve custar mais do que R$ 500 mil e deverá durar entre 60 e 75 dias. Sobre o valor a ser disponibilizado, a Secretaria de Recursos Hídricos do Estado (SRH) confirma que já tem o montante e deverá repassar para o Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), visto que o serviço deverá ser realizado de forma emergencial. "Recomendamos a instalação de um plinto (peça quadrangular que serve de base a um pedestal ou a uma coluna). Sendo que o material a ser usado deve ser o tipo elástico (flexível)", salienta.
A comissão do Crea esteve em Jaguaribara - um dos municípios no Ceará onde está localizado o Açude Castanhão - no dia 17 de junho, com o objetivo de fazer um levantamento das condições de segurança da barragem.
Na ocasião, diz um dos membros do grupo, o engenheiro Lawton Parente de Oliveira, foi feita uma inspeção na trinca. "Foi aí que observamos também a outra fenda, de menor tamanho, mas que fica numa posição que quando o reservatório estava cheio não podíamos ver e nem avaliar seu impacto", frisa.
Reparos
Em nota, o Dnocs esclarece que a licitação visando a contratação dos serviços de recuperação da fissura na Estrutura de Concreto do Açude Castanhão está em fase de instrução na área técnica (setor de custo e orçamento).
"Os trabalhos/serviços estão previstos para serem feitos em dois meses, neste ano (2016), ainda antes da estação chuvosa do Estado de 2017, no período janeiro a abril", diz a nota.
Sobre a microfissura na parede da galeria de drenagem e outras existentes no concreto da barragem, o Dnocs garante que "são ocorrências normais e admissivéis em estruturas similares, já estão previstos os devidos reparos com monitoramento em projeto executivo no âmbito do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF)", conclui.
A SRH informa, via Assessoria de Imprensa, que, de acordo com a Política Nacional de Segurança de Barragens, a Secretaria é o órgão fiscalizador das obras de barramento em rios estaduais. A pasta, assevera, já havia detectado o problema e indicado ao Dnocs a necessidade da realização de obras para corrigir o problema. "Inclusive com a possibilidade de dispensa de licitação para que os serviços sejam realizados antes da próxima quadra chuvosa (quando poderá haver recarga no manancial e dificultar as obras); o laudo do Conselho Regional de Engenharia (Crea) vem reforçar essa necessidade", ressalta.
Além disso, continua, o órgão estadual se propõe a contribuir financeiramente para a realização dos serviços de reparo, por meio da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).
Diário do Nordeste