Uma família cearense foi baleada na última quinta-feira, 25, na cidade de Presidente Dutra (MA). A costureira Flávia da Costa Lima, 34, explica que viajou com o filho, Bernardo Costa Rêgo, 5, e o marido, que é caminhoneiro, para buscar um carregamento de carnes no Pará. No caminho de volta, por volta das 22 horas, na rodovia 226, no Maranhão, Flávia conta que percebeu os disparos. Um deles acabou atingindo a cabeça do seu filho e o matando. A suspeita dela é de que a polícia os tenha confundido com assaltantes e tenha disparado os tiros.
“Eu percebi o barulho, achei até que pudesse ter sido um dos freezer’s que tivesse explodido, mas foram tiros. Foi um pesadelo”. A costureira conta que, ao perceber o filho baleado na cabeça, desceu do caminhão para pedir socorro: “Naquela hora eu me desesperei muito, não importava quem fosse, se fosse um bandido ou quem quer que seja, eu iria pedir ajuda. Foi quando eu olhei e percebi as três viaturas com policiais armados”.
Segundo Flávia, na hora os policias contaram que estava tendo uma troca de tiros e levaram a família imediatamente para o hospital. “Lá eles me pediram desculpas pelo ocorrido, até choraram”, conta. Flávia levou um tiro de raspão nas costas e o filho, Bernardo, não resistiu ao tiro na cabeça.
Ela explica que deu depoimento na delegacia local e o próprio delegado plantonista - que não foi identificado - estranhou a atuação rápida da polícia.
“Eu fui, inclusive, orientada pela polícia a embalsamar meu filho porque lá não teria investigação de perícia próximo”, afirmou Flávia da Costa. Ainda assim, houve investigação no caminhão e no corpo de Bernardo ainda em Maranhão, mas Flávia conta que não acharam a bala na cabeça do menino. "Mas tinha sim, eu tenho as tomografias", diz.
Polícia
O tenente coronel Ivaldo Soares, do 18º batalhão da cidade de Presidente Dutra, explicou que os policiais teriam recebido a ocorrência de que o caminhão estaria sendo assaltado por um carro modelo Golf, na cor vermelha e que os disparos tenham sido feitos pelos supostos assaltantes. Ainda segundo Soares, os PMs teriam chegado muito tempo depois do ocorrido.
No entanto, Flávia conta que, de fato o carro quase bateu no caminhão horas antes do ocorrido, mas não houve tentativa de assalto. “Nós estávamos no meio de uma estrada escura e não tinha mais ninguém. Como a polícia vai chegar no meio de um trecho escuro imediatamente como eles chegaram?”, questiona, “quem morreu foi meu filho, quem tem marca de balas somos nós, não os policiais”. De acordo com a costureira, o corpo de Bernardo está sendo mantido em uma clínica em Fortaleza e ela vai requerer outra autópsia no corpo e no caminhão.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública do estado do Maranhão informou que “o caso será apurado com todo o rigor necessário pelo Comando Geral da Polícia Militar do Maranhão” e afirmou que denúncias relativas à conduta dos policiais militares devem ser feitas à Ouvidoria da PM.
O POVO Online
“Eu percebi o barulho, achei até que pudesse ter sido um dos freezer’s que tivesse explodido, mas foram tiros. Foi um pesadelo”. A costureira conta que, ao perceber o filho baleado na cabeça, desceu do caminhão para pedir socorro: “Naquela hora eu me desesperei muito, não importava quem fosse, se fosse um bandido ou quem quer que seja, eu iria pedir ajuda. Foi quando eu olhei e percebi as três viaturas com policiais armados”.
Segundo Flávia, na hora os policias contaram que estava tendo uma troca de tiros e levaram a família imediatamente para o hospital. “Lá eles me pediram desculpas pelo ocorrido, até choraram”, conta. Flávia levou um tiro de raspão nas costas e o filho, Bernardo, não resistiu ao tiro na cabeça.
Ela explica que deu depoimento na delegacia local e o próprio delegado plantonista - que não foi identificado - estranhou a atuação rápida da polícia.
“Eu fui, inclusive, orientada pela polícia a embalsamar meu filho porque lá não teria investigação de perícia próximo”, afirmou Flávia da Costa. Ainda assim, houve investigação no caminhão e no corpo de Bernardo ainda em Maranhão, mas Flávia conta que não acharam a bala na cabeça do menino. "Mas tinha sim, eu tenho as tomografias", diz.
Polícia
O tenente coronel Ivaldo Soares, do 18º batalhão da cidade de Presidente Dutra, explicou que os policiais teriam recebido a ocorrência de que o caminhão estaria sendo assaltado por um carro modelo Golf, na cor vermelha e que os disparos tenham sido feitos pelos supostos assaltantes. Ainda segundo Soares, os PMs teriam chegado muito tempo depois do ocorrido.
No entanto, Flávia conta que, de fato o carro quase bateu no caminhão horas antes do ocorrido, mas não houve tentativa de assalto. “Nós estávamos no meio de uma estrada escura e não tinha mais ninguém. Como a polícia vai chegar no meio de um trecho escuro imediatamente como eles chegaram?”, questiona, “quem morreu foi meu filho, quem tem marca de balas somos nós, não os policiais”. De acordo com a costureira, o corpo de Bernardo está sendo mantido em uma clínica em Fortaleza e ela vai requerer outra autópsia no corpo e no caminhão.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública do estado do Maranhão informou que “o caso será apurado com todo o rigor necessário pelo Comando Geral da Polícia Militar do Maranhão” e afirmou que denúncias relativas à conduta dos policiais militares devem ser feitas à Ouvidoria da PM.
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