Suspeito de receber propina de empresas e fundações que deveria investigar, o promotor de Justiça Roberto Senise Lisboa, da 5ª Promotoria do Consumidor da capital, foi afastado no curso de uma investigação aberta pela corregedoria do Ministério Público de São Paulo. Pedido pela corregedoria, o ato do procurador geral de Justiça, Márcio Fernando Elias Rosa, foi assinado na quinta (19) e terá validade de 60 dias, prorrogáveis por mais 60 dias.
Durante o período do afastamento, o promotor investigado continuará recebendo salário. Lisboa foi denunciado pela ex mulher, que afirmou que ele teria recebido R$ 700 mil em propinas desde 2003. O promotor passou a ser investigado por corrupção passiva e concussão (exigir vantagem indevida) em processos ligados à fiscalização de fundações e à defesa do consumidor. Procurado pela Folha, Lisboa se disse surpreso com o afastamento, mas não quis fazer comentários sobre a decisão do procurador geral de Justiça nem sobre as alegações da corregedoria.
Blog do Roberto Moreira