segunda-feira, 14 de julho de 2014
Final da Copa do Mundo traz o Brasil de volta à realidade, diz o ´Wall Street Journal´
Artigo publicado neste domingo (13) no jornal norte-americano “The Wall Street Journal” diz que o final da Copa do Mundo traz o Brasil de volta à realidade.
O texto começa lembrando que apesar de a seleção brasileira ter sido derrubada nas semifinais, os líderes do país tem sucessos a celebrar, tendo em vista que os aeroportos funcionaram, os estádios ficaram prontos a tempo e que as preocupações sobre protestos se provaram infundadas (leia o artigo original em inglês).
“Agora chegou a ressaca”, diz, enfaticamente, o texto.
“O Brasil está passando por provações, incluindo o desafio de uma economia moribunda e eleições que potencialmente provocarão divisões em outubro. O país precisa se preparar para os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, outro evento que os organizadores dizem que está atrasado e que mais uma vez provoca críticas sobre as prioridades de gastos do país”, cita.
O artigo destaca que Marcelo Salomon, economista responsável por acompanhar o país no Barclays, em Nova York, disse: “Durante a Copa o Brasil estava numa ‘ilha da fantasia’, mas o choque de realidade virá.”
O artigo destaca que Marcelo Salomon, economista responsável por acompanhar o país no Barclays, em Nova York, disse: “Durante a Copa o Brasil estava numa ‘ilha da fantasia’, mas o choque de realidade virá.”
O texto cita revisões para baixo das previsões de economistas para o resultado do crescimento do PIB do país neste ano. Salomon, por exemplo, espera uma expansão de apenas 0,7%, ante previsão anterior de 1,7%.
“Após quatro anos de estagnação, as fábricas estão cortando a produção. Os esforços do Brasil para estimular o crescimento com grandes estímulos federais, crédito ao consumo e ajuda em dinheiro para os pobres parecem já ter corrido seu curso”, diz o “WSJ”, citando economistas.
“Enquanto a Copa do Mundo foi um sucesso, ela não forneceu a grande recompensa econômica que o anfitrião estava procurando. Brasil planejava usar o torneio para estimular a construção de trens, metrôs e outras infraestruturas que iria aumentar as suas economias locais. Muitos desses chamados projetos de legado, como um trem de alta velocidade planejada entre São Paulo e Rio [o trem-bala], nunca foram construídos”, destaca o texto, lembrando que muitos dos estádios construídos, por sua vez, não serão tanto usados.
“Alguns brasileiros estão retornando as questões mais amplas sobre se realmente o preço da Copa valeu a pena”, conclui.
Fonte: Blog Brasil Visto de Fora