O ex-deputado federal cearense Francisco Rommel Feijó de Sá foi condenado pelo juiz federal da 15ª Vara, Gustavo Melo Barbosa, a sete anos e oito meses de prisão pela suposta participação na "máfia das sanguessugas", que envolve negociação fraudulenta na compra de equipamentos do Hospital e Casa de Saúde de Russas por meio das verbas de emendas parlamentares. A sentença se estende ao assessor parlamentar Andrey Batista Monteiro de Morais. Pela sentença, eles ficam inabilitados de assumir função pública por cinco anos e devem pagar multa.
O esquema teve repercussão em 2006 e envolveu vários estados. A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, formada por deputados e senadores para investigar o "escândalo das ambulâncias", denunciou 72 congressistas. A iniciativa resultou de operação deflagrada pela Polícia Federal em que 48 pessoas foram presas e 53 mandados de busca e apreensão cumpridos. A expectativa é que tenham sido movimentados R$ 110 milhões.
Além de Rommel Feijó, que à época das investigações era prefeito de Barbalha, outros cearenses foram citados na ação movida pelo Ministério Público Federal, como o ex-deputado deputado Almeida de Jesus e José Airton Cirilo, que exerce mandato na Câmara Federal. Eles foram mencionados em depoimentos.
As investigações do Ministério Público revelam que foi criada uma empresa de fachada para executar o esquema de compra irregular de ambulâncias, conhecida como Organização Vedoim. Segundo o Diário do Nordeste apurou, Rommel Feijó está morando em Juazeiro do Nordeste, mas não foi possível localizá-lo na tarde de ontem.
Créditos Diário do Nordeste.