Em operação realizada nesta sexta-feira (11), intitulada Black Evil, a Polícia Militar e o Ministério Público do Rio de Janeiro pretendem cumprir cinco mandados de prisão preventiva e outros 15 de busca e apreensão contra policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Eles são acusados de corrupção passiva, e quatro já foram presos.
A denúncia do MP à Justiça afirma que os suspeitos em questão receberam propinas de traficantes de comunidades do Rio e da Baixada Fluminense, tudo em troca de informações sobre operações do Bope. O esquema, que movimentava valores entre R$ 2 mil e R$ 10 mil, teria acontecido entre agosto e dezembro deste ano.
Mandados foram expedidos contra os policiais Maicon Ricardo Alves da Costa, o Preto 1; André Silva de Oliveira, o Preto 2; Raphael Canthé dos Santos, o Preto 3; e Rodrigo Meleipe Vermelho Reis. Outro mandado também foi expedido contra o Policial Militar Silvestre André da Silva Felizardo, o Corintians, ex-membro do Bope.
Ainda segundo a denúncia, as atividades dos policiais do Batalhão eram monitoradas 24 horas por todos os dias da semana, e os detalhes eram vazados aos criminosos.
Agentes da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança, da Inteligência e da Corregedoria da PMERJ e ainda o próprio comandante do Bope participaram das investigações. Também suspeita-se que armas apreendidas em ações do Bope eram negociadas com os traficantes.
Diário do Nordeste