A redução nos repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE) alcançou no mês de janeiro R$ 280 milhões a menos em comparação ao mesmo mês do ano passado. A situação complicou o caixa e os governadores que assumiram os cargos no início do ano adotaram medidas para enfrentar a crise.
Após o primeiro mês de gestão, os gestores já anunciaram ações como redução de despesas e custeio, demissão de servidores e contingenciamento do orçamento. Somente a redução de despesas e orçamentos contingenciados anunciados pelos chefes dos Executivos somam R$ 13 bilhões. Alguns Estados ainda analisam medidas a serem tomadas e não apresentaram valores.
No Ceará, ainda sem apresentar valores, o governador Camilo Santana (PT) disse disse que todas as secretarias deve cortar gastos e segurar investimentos. Sergipe também teve uma pequena reforma administrativa, com cortes de cargos e secretarias.
Em Pernambuco, o governador Paulo Câmara (PSB) iniciou fevereiro anunciando o Plano de Contingenciamento de Gastos para economizar R$ 320 milhões este ano. O decreto prevê suspensão no aditamento de contratos, devolução de veículos e corte em consultorias, diárias, manutenção da frota e publicidade.
Na Bahia, o governador Rui Costa (PT) também alegou crise financeira e anunciou redução do número de órgãos públicos e número de servidores, com uma estimada economia de R$ 200 milhões em 2015.
O Piauí também apertou o cinto, e o novo governador Wellington Dias (PT) anunciou ao secretariado a redução de R$ 250 milhões das despesas em 2015, especialmente com custeio e pessoal.
Na Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), anunciou redução de 300 cargos e extinção de uma secretaria. Em Alagoas, Renan Filho (PMDB) anunciou que as secretarias devem cortar 30% dos comissionados, o que trará uma economia de R$ 16 milhões.
No Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD) afirmou que o Estado tem um deficit fiscal de R$ 610 milhões, que terão de ser economizados em sua gestão. Ele anunciou, em pronunciamento à Assembleia Legislativa, o contingenciamento em 30% das dotações orçamentárias e suspensão de novas despesas.
O governador do Maranhão, Flavio Dino (PC do B), determinou o corte de 30% do custeio para todas as secretarias. Segundo ele, o valor deve ser usado para fazer pagamentos de dívidas deixadas pelo governo Roseana Sarney (PMDB).
Fonte: Ceará News