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sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

LAR DOCE LAR..., SERÁ???



Dia 8 de Dezembro comemora-se o Dia da Família, e até o Dia da Justiça...

Cidadãs, em especial, e cidadãos conscientes que ainda restam, é absurdo quanto assustador que o nosso tão aclamado e consagrado “LAR DOCE LAR” tenha se tornado o mais perigoso ambiente para as mulheres. Verdade! Esses recantos, presumidamente de paz e harmonia familiar, tornaram-se pântanos replenos de perigos. Segundo estatística da ONU, só no ano passado (2017 - supostamente em 2018 será um número ainda maior), em torno de 87 mil mulheres foram cruelmente assassinadas. E, pasmem, os principais assassinos são familiares - atuais e ex-cônjuges, todos bestas-feras, e dentro dos seus LARES!

 Faltam obviamente diligências e adequação para punir severamente quem comete tais crimes hediondos. É resultante da falta absoluta de punição adequada, até consequência do excesso de condescendências ou, em decorrência de que a maioria dos abusadores segue impunida em vista de que as penas são efetivamente abrandadas pela nossa precária legislação que permite, dentre outros privilégios, visitas íntimas; salário-reclusão; progressão penal e até indulto etc., isto se apanhados e condenados...

 Não é por olhar para uma mulher que devamos ser enquadrados e punidos por assédio, mas pelos abusos cruéis cometidos nessas abordagens e que chegam ao extremo, culminando por vezes em agressões verbais, elevando-se para as físicas brutais, irracionais, desumanas, estupros e até as que redundam na retirada da vida de muitas, tornando-as as grandes vítimas impotentes do nosso dia-a-dia.
  
Tanta falta de zelo para com as mulheres - independente de raça, posição social etc., choca, extrapola os limites de tolerância racional que se espera em termos de Justiça. Que tipo de legislação/justiça é essa afinal? Haverá preconceito e discriminação contra o ser Mulher também e, como se demonstra, principalmente no meio legislativo/judicial? Quando será que nossos legisladores terão coragem, pulso, senso humanitário para coibir tamanhas ofensas contra as mulheres, assegurando-lhes, nos mesmos termos, pelo menos a segurança indispensável que se lhes é ultrajada a cada instante e até no seu mais sagrado ambiente que é, ou deveria ser, o seu presumidamente pacífico LAR? Por outro lado, os tais organismos ditos defensores das mulheres, raras exceções, parecem adormecidos, estáticos, sem a efetividade esperada e cabida, em que pese a pertinente Lei Maria da Penha (Louve-se!).     

Acordai todos que negligentes! Endurecimento de penas é imprescindível já que agressores brutais, animalescos não têm mais comedimentos. Posto que não se definam medidas pertinentes e oportunas, urge por em prática a “Lei de Talião”, uma saída compatível e acima da hipocrisia e escrúpulos, quais forem!

       Salvem-nas e aos nossos LARES porque imprescindíveis à Humanidade!

       José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO