O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB) enviou discurso em que fala como se a Câmara dos Deputados já tivesse votado pela abertura do impeachment de Dilma Rousseff (PT) a parlamentares do seu partido.
A votação só deve acontecer no próximo domingo, 17, e a aprovação do parecer favorável à abertura do processo não foi votada ainda sequer na comissão especial da Casa. O áudio de mais de 15 minutos foi publicado esta tarde no portal da Folha de São Paulo.
Ouça abaixo o áudio na íntegra:
Na gravação,Temer diz estar fazendo o primeiro "pronunciamento à nação (...) agora, quando a Câmara dos Deputados decide por uma votação significativa declarar a autorização para a instauração de processo de impedimento contra a senhora presidente".
A veracidade da gravação foi confirmada pela assessoria de imprensa do vice-presidente. Por meio de nota, ela afirma que o áudio é um "exercício que o vice estava fazendo em seu celular e que foi enviado acidentalmente para a bancada".
Conteúdo da gravação
Na sua fala, Temer reconhece que ainda há um "longo processo pela frente", mas referindo-se à votação no Senado, e diz que todas as suas palavras levam em conta "apenas a decisão da Câmara".
O vice já alerta que será ncessário fazer "sacrifícios" para retomar crescimento da economia do País. "Sem sacrifícios não conseguiremos avançar para retomar o crescimento e o desenvolvimento que pautaram a atividade do nosso País nos últimos tempos antes dessa última gestão".
Ele diz também ser necessário construir um governo de "salvação nacional e, portanto, de união nacional" para salvar o País. "É preciso que se reúna todos os partidos políticos e todos os partidos políticos estejam dispostos à colaboração para tirar o País da crise".
No início do áudio, Temer nega que já praticou "algum gesto com vistas a ocupar o lugar da senhora presidente da República".
Programas sociais
Temer nega que, se assumir o governo, acabará com programas sociais. "Sei que dizem de vez em quando que se outrem assumirem, nós vamos acabar com o Bolsa Família, com o Pronatec... Isso é falso, é mentiroso e é fruto dessa política mais rasteira que tomou conta do País. Portanto, neste particular, quero dizer que nós deveremos manter estes programas e até, se possível, revalorizá-los e ampliá-los", falou.
O Bolsa Família, porém, seria um programa de transição em seu eventual governo. "Há de ser um estágio do Estado brasileiro. Daqui a alguns anos, a empregabilidade tenha atingido um tal nível que não haja necessidade de Bolsa Família. Mas, enquanto persistir a necessidade, manteremos", afirmou.
Ele também garante que haverá retomada dos empregos. "Você só tem emprego se a indústria, o comércio, as atividades de serviço todas estiverem caminhando bem. A partir daí que você tem emprego e pode retomar o emprego", afirmou.
"Vamos incentivar enormemente as parcerias público-privadas à medida que isso pode trazer emprego ao País. Temos absoluta convicção de que hoje, mais do que nunca, o Estado não pode tudo fazer. O Estado depende da atuação dos setores produtivos do País".
"Empregadores de um lado, trabalhadores de outro lado. Estes setores produtivos é que, aliançados, vão fazer a prosperidade do Estado brasileiro. Estado brasileiro tem que cuidar de segurança, saúde, educação, enfim, de alguns temas fundamentais que não podem sair da órbita pública. Mas, no mais, tem que ser entregue à iniciativa privada", afirmou.
Agências
A votação só deve acontecer no próximo domingo, 17, e a aprovação do parecer favorável à abertura do processo não foi votada ainda sequer na comissão especial da Casa. O áudio de mais de 15 minutos foi publicado esta tarde no portal da Folha de São Paulo.
Ouça abaixo o áudio na íntegra:
Na gravação,Temer diz estar fazendo o primeiro "pronunciamento à nação (...) agora, quando a Câmara dos Deputados decide por uma votação significativa declarar a autorização para a instauração de processo de impedimento contra a senhora presidente".
A veracidade da gravação foi confirmada pela assessoria de imprensa do vice-presidente. Por meio de nota, ela afirma que o áudio é um "exercício que o vice estava fazendo em seu celular e que foi enviado acidentalmente para a bancada".
Conteúdo da gravação
Na sua fala, Temer reconhece que ainda há um "longo processo pela frente", mas referindo-se à votação no Senado, e diz que todas as suas palavras levam em conta "apenas a decisão da Câmara".
O vice já alerta que será ncessário fazer "sacrifícios" para retomar crescimento da economia do País. "Sem sacrifícios não conseguiremos avançar para retomar o crescimento e o desenvolvimento que pautaram a atividade do nosso País nos últimos tempos antes dessa última gestão".
Ele diz também ser necessário construir um governo de "salvação nacional e, portanto, de união nacional" para salvar o País. "É preciso que se reúna todos os partidos políticos e todos os partidos políticos estejam dispostos à colaboração para tirar o País da crise".
No início do áudio, Temer nega que já praticou "algum gesto com vistas a ocupar o lugar da senhora presidente da República".
Programas sociais
Temer nega que, se assumir o governo, acabará com programas sociais. "Sei que dizem de vez em quando que se outrem assumirem, nós vamos acabar com o Bolsa Família, com o Pronatec... Isso é falso, é mentiroso e é fruto dessa política mais rasteira que tomou conta do País. Portanto, neste particular, quero dizer que nós deveremos manter estes programas e até, se possível, revalorizá-los e ampliá-los", falou.
O Bolsa Família, porém, seria um programa de transição em seu eventual governo. "Há de ser um estágio do Estado brasileiro. Daqui a alguns anos, a empregabilidade tenha atingido um tal nível que não haja necessidade de Bolsa Família. Mas, enquanto persistir a necessidade, manteremos", afirmou.
Ele também garante que haverá retomada dos empregos. "Você só tem emprego se a indústria, o comércio, as atividades de serviço todas estiverem caminhando bem. A partir daí que você tem emprego e pode retomar o emprego", afirmou.
"Vamos incentivar enormemente as parcerias público-privadas à medida que isso pode trazer emprego ao País. Temos absoluta convicção de que hoje, mais do que nunca, o Estado não pode tudo fazer. O Estado depende da atuação dos setores produtivos do País".
"Empregadores de um lado, trabalhadores de outro lado. Estes setores produtivos é que, aliançados, vão fazer a prosperidade do Estado brasileiro. Estado brasileiro tem que cuidar de segurança, saúde, educação, enfim, de alguns temas fundamentais que não podem sair da órbita pública. Mas, no mais, tem que ser entregue à iniciativa privada", afirmou.
Agências