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quinta-feira, 17 de setembro de 2015

"Cunha é o "maior vagabundo de todos" declara Ciro Gomes


Filiado ao PDT, o ex-governador Ciro Gomes disparou críticas ao presidente da Câmara dos Deputados após o ato de filiação que reuniu aliados e lideranças do partido, ontem em Brasília. Ciro afirmou que o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é o “maior vagabundo de todos”.

A crítica foi disparada no mesmo dia em que seu irmão Cid Gomes foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal a pagar R$ 50 mil em ação movida pelo parlamentar carioca por ter sido chamado de achacador pelo ex-governador. “Cid Gomes era ministro e denunciou que havia um processo de apodrecimento das relações do governo federal com o Congresso Nacional, e que essa deterioração se assentava no achaque, na chantagem. Dito isso, foi lá, meteu o dedo na cara desse maior vagabundo de todos, que é o presidente da Câmara”, disparou o agora pedetista.

No momento das declarações, Ciro condenava também o movimento de deputados da oposição que havia lançado recentemente uma campanha a favor do impeachment da presidente Dima Rousseff (PT). Ele defendeu ainda que seu partido pressione o governo Dilma a reencontrar suas origens populares.

Filiação

Filiado oficialmente ao sétimo partido em toda a trajetória política, Ciro Gomes disse que se sente “rejuvenescido” e que o presidente do partido, Carlos Lupi, o trouxe de volta ao cenário político. “Eu estava passando por um processo de desintoxicação”. Presente no evento, o governador Camilo Santana (PT) não poupou elogios ao aliado político e o classificou como uma “joia rara” e “grande líder do Brasil para comandar o rumo do País”.

Carlos Lupi afirmou que a legenda namora com o cearense há cerca de 13 anos e que sua chegada deverá ajudar o partido em um projeto diferente “de tudo o que está aí” no Brasil. Ainda restando três anos para as eleições presidenciais, Ciro optou por não lançou seu nome como pré-candidato nas eleições de 2018. “Eu não chego ao PDT para uma festa, eu não entro para ser candidato a rigorosamente nada”.

O partido apesar de garantir que terá candidatura própria ao cargo presidencial ao fim do mandato da presidente Dilma Rousseff, optou por não discutir candidatura no momento. “Não estamos pensando em eleição nesse momento”, disse Lupi.

Na cerimônia de filiação, realizada na sede do PDT em Brasília, estiveram presentes também o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio e o ex-ministro Cid Gomes (Pros), além de grande parte do bloco de deputados, prefeitos e vereadores que deve acompanhar Ciro Gomes no ingresso ao pedetismo. 

com agências