Uma jovem de 20 anos sofreu um acidente vascular cerebral (AVC), na segunda-feira (9), mas foi diagnosticada com uma crise emocional pela equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), na Serra, Espírito Santo, segundo a família. O AVC só foi descoberto nesta quinta-feira (12), após Raquel Motta ter sido levada para um pronto atendimento, ainda de acordo com a família. O Samu negou o erro dos socorristas e garantiu que a jovem apresentava quadro de crise emocional. A família de Raquel registrou uma ocorrência contra a equipe na delegacia de Novo Horizonte.
Raquel Motta passou mal no trabalho na segunda-feira. A tia, Suelen Lacerda Motta, contou que ficou surpresa ao ver o estado da sobrinha. "Nós chegamos lá e a Raquel não conseguia falar, não movimentava o lado direito. A gente perguntava coisas e ela tentava responder, mas a língua embolava e ela não conseguia terminar as palavras", contou.
De acordo com a mãe da jovem, Edieni Motta, o diagnóstico dado pela equipe que atendeu a jovem surpreendeu a família. "Eles fizeram alguns testes, como aquele que tiram sangue do dedo, a pressão e disseram que ela estava normal e era só uma crise nervosa. Disseram que podíamos levá-la para casa e dar um chá para ela que ia melhorar. Foi uma negligência por parte do Samu, vamos esperar para ver o que dá de sequela", contou a mãe.
Edieni levou a filha para casa, mas a jovem apresentou piora do quadro. Raquel foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Carapina, na Serra, e transferida para o Hospital Jayme Santos Neves. No hospital, os médicos a diagnosticaram com AVC, também conhecido como derrame cerebral. Os médicos disseram ainda que, se a jovem tivesse sido atendida corretamente, não teria sequelas.
O diretor do Samu, Antonio Gomes Jr, nega a negligência dos socorristas. "Não houve o erro por parte do Samu quanto ao que ela apresentava no momento. Ela estava andando, caminhando, normal. Não tinha quadro de AVC naquele momento", disse.
Fonte: G1
