Diretor de vigilância de doenças transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch divulga o boletim sobre microcefalia |
O Ministério da Saúde passou a adotar, a partir de ontem, novos critérios para identificar casos de suspeita de microcefalia em recém-nascidos.
O protocolo anterior considerava como microcefalia os casos em que o perímetro da cabeça do bebê ao nascer era menor ou igual a 32 cm - parâmetro para aqueles com partos não prematuros.
Agora, a medida passa a 31,9 cm, no caso de meninos, e 31,5cm, no caso de meninas. A mudança segue nova orientação da OMS (Organização Mundial de Saúde), e vale para bebês nascidos com 37 semanas ou mais de gestação.
Nos casos de bebês prematuros, ou seja, nascidos com menos de 37 semanas de gestação, a mudança ocorre na tabela de referência para definição dos casos suspeitos. A partir de agora, passa a ser adotada a tabela de InterGrowth, em que a medida é comparada com o esperado para a idade gestacional do bebê.
Para o coordenador de vigilância e resposta a emergências em saúde, Wanderson Oliveira, a redução nos critérios deve tornar mais precisa a notificação de crianças com suspeita de microcefalia. “Na prática, teremos mais crianças corretamente identificadas”, afirma.
Essa é a segunda vez em que o governo muda os parâmetros adotados para identificação dos casos da microcefalia. Inicialmente, o Ministério da Saúde adotava o parâmetro de 33 cm. Em seguida, reduziu para 32 cm.
Boletins divulgados por secretarias de saúde dos Estados e pelo Ministério da Saúde, no entanto, ainda mantém casos acima de 32 cm, o que dificulta a compreensão de um cenário real dos casos de microcefalia no país.
Segundo Oliveira, a pasta deve fazer uma revisão para verificar o número de casos acima desse parâmetro. Tais casos, afirma, continuarão a ser investigados e, por isso, devem continuar na lista até serem descartados.
A medição da cabeça do bebê deve ser feita logo após o parto e repetida após 48 horas. Casos em que há suspeita de microcefalia são direcionados para exames de imagem para confirmar o diagnóstico, uma vez que há situações em que bebês com o tamanho menor da cabeça podem não ter uma má-formação do cérebro.
Novos dados
O país já soma 745 casos confirmados de microcefalia, aponta boletim divulgado ontem. Segundo o Ministério da Saúde, são casos em que exames de imagem apontam a ocorrência de uma má-formação no cérebro de recém-nascidos possivelmente associada a uma infecção congênita (transmitida
de mãe para filho).
Entre os casos, 88 já tiveram resultado positivo em exames para o vírus da zika, o que reforça a suspeita de que os casos estejam relacionados a uma infecção pelo vírus durante a gestação.
Assim como nas últimas semanas, o ministério não informou o número de casos já confirmados para outras possíveis causas.
falecomricardotorres.blogspot.com.br
O protocolo anterior considerava como microcefalia os casos em que o perímetro da cabeça do bebê ao nascer era menor ou igual a 32 cm - parâmetro para aqueles com partos não prematuros.
Agora, a medida passa a 31,9 cm, no caso de meninos, e 31,5cm, no caso de meninas. A mudança segue nova orientação da OMS (Organização Mundial de Saúde), e vale para bebês nascidos com 37 semanas ou mais de gestação.
Nos casos de bebês prematuros, ou seja, nascidos com menos de 37 semanas de gestação, a mudança ocorre na tabela de referência para definição dos casos suspeitos. A partir de agora, passa a ser adotada a tabela de InterGrowth, em que a medida é comparada com o esperado para a idade gestacional do bebê.
Para o coordenador de vigilância e resposta a emergências em saúde, Wanderson Oliveira, a redução nos critérios deve tornar mais precisa a notificação de crianças com suspeita de microcefalia. “Na prática, teremos mais crianças corretamente identificadas”, afirma.
Essa é a segunda vez em que o governo muda os parâmetros adotados para identificação dos casos da microcefalia. Inicialmente, o Ministério da Saúde adotava o parâmetro de 33 cm. Em seguida, reduziu para 32 cm.
Boletins divulgados por secretarias de saúde dos Estados e pelo Ministério da Saúde, no entanto, ainda mantém casos acima de 32 cm, o que dificulta a compreensão de um cenário real dos casos de microcefalia no país.
Segundo Oliveira, a pasta deve fazer uma revisão para verificar o número de casos acima desse parâmetro. Tais casos, afirma, continuarão a ser investigados e, por isso, devem continuar na lista até serem descartados.
A medição da cabeça do bebê deve ser feita logo após o parto e repetida após 48 horas. Casos em que há suspeita de microcefalia são direcionados para exames de imagem para confirmar o diagnóstico, uma vez que há situações em que bebês com o tamanho menor da cabeça podem não ter uma má-formação do cérebro.
Novos dados
O país já soma 745 casos confirmados de microcefalia, aponta boletim divulgado ontem. Segundo o Ministério da Saúde, são casos em que exames de imagem apontam a ocorrência de uma má-formação no cérebro de recém-nascidos possivelmente associada a uma infecção congênita (transmitida
de mãe para filho).
Entre os casos, 88 já tiveram resultado positivo em exames para o vírus da zika, o que reforça a suspeita de que os casos estejam relacionados a uma infecção pelo vírus durante a gestação.
Assim como nas últimas semanas, o ministério não informou o número de casos já confirmados para outras possíveis causas.
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