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quarta-feira, 22 de julho de 2015

Servidores do IFCE entram em greve nesta quinta-feira


Os servidores do do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) deflagram, a partir desta quinta-feira, 22, greve por tempo indeterminado, conforme o Sindicato dos Servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (Sindsifce). A categoria reivindica, principalmente, o fim dos cortes do Governo Federal, dentre outros benefícios. A reitoria informou que foi comunicada sobre a paralisação e, por enquanto, 21 dos 27 campi do instituto aderiram à greve. 

A greve foi votada em assembleia na última sexta-feira, 17, e integra a luta nacional contra ''o pacote de ajustes e medidas conservadoras aprovadas pelo Congresso Nacional'', ainda conforme comunicado do Sindisifce. Uma paralisação total está prevista para esta quarta-feira, 22, com reuniões e debates em cada campus.

"A decisão vale para todos os campi, mas a adesão das pessoas é realizada aos poucos. No momento, estamos com uma pauta nacional, que inclui demandas de greves anteriores. Nós estamos aguardando as próximas negociações", fisou Venício Soares, representante do sindicato. Apenas os campi de Juazeiro do Norte, Crato e Iguatu não são representados pelo Sindsifce.

Segundo a categoria, a greve é pela garantia das verbas de custeio e de assistência estudantil, pelo direito à jornada de 30 horas semanais para os servidores técnico-administrativos, contra a precarização do Instituto, por mais respeito, além de maior democracia e participação no Instituto.

O pró-reitor de gestão de pessoas do IFCE, Ivan Holanda, disse ao O POVO Online que a reitoria não foi informada sobre a pauta de reivindicações, mas haverá negociação para manutenção de pelo menos 30% do efetivo. "Os serviços essenciais, como os voltados para estudantes com auxílio-moradia e alimentação, não podem ficar parados. Vamos nos reunir com os professore e alguns campi vão ter aula normalmente".

Holanda citou abaixo-assinado de professores no campus de Fortaleza, que também deverá ter a programação de aula mantida. "Estamos vendo o que poderá ser atendido, mas o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) apresentou uma proposta de reajuste para o servidores", completou.

De acordo com Venício, no entanto, o reajuste de cerca de 21% deve ser rejeitado. "O sindicato vai se reunir novamnete com o MPOG, mas a tendência é que os servidores não aceitem essa proposta. Temos agora que aguardar os novos acontecimentos", avaliou.

Protestos
No último mês, alguns estudantes do IFCE realizaram protestos contra os cortes do Governo Federal na educação. Inicialmente, a verba de 37% do custeio e 30% da assistência estudantil do Instituto estava contigenciada, mas a liberação total foi garantida pelo Ministério da Educação (MEC), segundo o pró-reitor de Administração e Planejamento do IFCE, Tássio Lofti. 

O Instituto possui cerca de 20 mil alunos matriculados nos 27 campi, com custos essenciais, como energia elétrica, internet e limpeza, estimados em R$ 52 milhões. A verba destinada à assistência estudantil é da ordem de R$ 18 milhões, sendo liberada ao longo do ano.

"Mesmo sem a retenção anunciada pelo Governo Federal, nós não recebemos os valores de uma vez. A liberação é feita em função da arrecadação, nada é aprovado de imediato", frisou o pró-reitor.

O Povo Online