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segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Proposta de eleições diretas para presidente sofre interferência do Governo, afirmam autor e relator

A proposta de eleições diretas para presidente em 2017, apresentada pelo deputado Miro Teixeira (Rede-RJ), está parada há seis meses na Comissão de Constituição e Justiça da (CCJ) Câmara dos Deputados. O autor e o relator do texto, Esperidião Amin, (PP-SC), dizem que a presidência do CCJ, presidida por Osmar Serraglio (PMDB-PR), chegou a relatar pressões do Governo para não levar a proposta a votação. As informações são da Folha de S. Paulo.

"O presidente da CCJ disse que recebeu instruções da Casa Civil para não pautar a votação da emenda. Antigamente, isso seria uma denúncia", afirmou Miro. 

"Quantas vezes nós denunciamos a interferência do governo na tramitação de projetos no Congresso?", questionou. "Parace que voltamos a viver num presidencialismo de cooptação, em que o Parlamento está subordinado aos interesses do governo".

Segundo Espiridião Amin, ele teria pedido levar a votação imediatamente, mas Serraglio teria voltado atrás. "Essa demora é inexplicável. O presidente da comissão me disse que iria pautar a votação, mas estamos esperando até hoje. Ele está demorando por interferência do governo", disse
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