Com casos suspeitos de microcefalia relacionada ao zika vírus aumentando a cada semana e com com quase 60 mil casos de dengue confirmados este ano, o Ceará deve receber do Ministério da Saúde (MS) 3 toneladas de larvicida. A quantidade, de acordo com o MS, é suficiente para tratar 1,5 bilhões de litros de água - equivalente a 600 piscinas olímpicas.
Cada quilograma do larvicida é capaz de tratar 500 mil litros de água. O produto é utilizado quando não é possível eliminar o foco de água parada, local de reprodução do mosquito.
Conforme explica a supervisora do Núcleo de Controle de Vetores da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), Roberta de Paula Oliveira as 3 toneladas já chegaram no Estado e são suficientes para abastecer "com folgas" as regionais de saúde dos 184 municípios por dois meses. "O larvicida chega nas residências por meio do agente de endemias que irá utilizá-lo em depósitos permanente de reserva de água", conta supervisora.
Ela reforça que são 3.600 agentes atendendo a todo o Estado, mas que o combate deve ser feito também pela população. "80% dos focos de mosquito estão nas residências", aponta.
O reforço foi repassado aos estados das regiões Nordeste e Sudeste, totalizando mais 17,9 toneladas do produto para eliminar as larvas do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, Zika e chikungunya.
Conforme o ministério, neste ano (janeiro a dezembro), foram enviadas 17,3 toneladas para Ceará. Neste mesmo período, o Ministério da Saúde encaminhou, a todos os estados, 114,4 toneladas de larvicida. Esse quantitativo garantiu o tratamento de 57,2 bilhões de litros de água.
Para o próximo ano, o MS já adquiriu mais 100 toneladas do produto, que deverá garantir o abastecimento até junho de 2016. Entre outubro deste ano e junho do próximo ano, o Ministério da Saúde investiu cerca de R$ 10 milhões.
O POVO Online