Força-tarefa do Ministério Público do Trabalho (MPT), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) resgatou 16 trabalhadores numa granja em Entre Rios (BA), no dia 19 de novembro. O grupo trabalhava em condições análogas às de escravo: eles cumpriam jornadas exaustivas, não tinham carteira registrada e ficavam em alojamentos precários, com banheiro coletivo sem descarga, mosquitos e panelas sujas. O responsável pela propriedade foi detido e levado à Polícia Federal em Salvador.
Os relatos dos resgatados indicam, ainda, que a jornada de trabalho na granja começava às 3h da madrugada e não havia horário para o fim. Eles contaram também que tinha que carregar baldes com até 70 quilos de fezes de aves para serem despejados em uma fossa, recebendo apenas R$ 6 por tonelada transportada. Com a remuneração baixa e com a cobrança da fazenda por alimentação e alojamento, eles acabavam “devendo” aos patrões, o que configura servidão por dívida.
Força-tarefa – A ação foi batizada de Operação Temática de Direitos Humanos. Seu principal objetivo é o enfrentamento aos crimes contra os direitos humanos de toda natureza. Também integram a força-tarefa a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Conselho Tutelar e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Feira de Santana (BA) e o governo da Bahia, por meio das secretarias de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS); de Trabalho Emprego, Renda e Esporte (SETRE); e de Segurança Pública (SSP).