Fios cirúrgicos, gazes e drenos. Esses são alguns dos materiais que estão em falta no Hospital Geral de Fortaleza (HGF), prejudicando a realização de cirurgias eletivas na unidade, conforme denúncias de médicos repassadas ao O POVO Online. A Secretaria de Saúde do estado (Sesa), que responde pelo hospital, informou nesta quinta-feira, 23, que trabalha para garantir o abastecimento, mas não forneceu prazos para a chegada dos insumos.
"São materiais básicos para a aplicação anestésica, isso prejudica muito o funcionamento. Já fizemos denúncias, mas o problema persiste", comentou uma médica do HGF, que preferiu não se identificar. A Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde Pública confirmou as denúncias, recebidas desde a semana passada.
"Nessa segunda-feira, 20, encaminhamos uma notificação sobre o caso ao secretário de Saúde, que tem o prazo de cinco dias para nos responder. Foram vários relatos de profissionais de saúde, que não podem fazer os procedimentos anestésicos, etc", explicou a promotora Isabel Porto.
O POVO Online procurou a Sesa, que afirmou não ter sido notificada, mas que trabalha junto à direção da unidade para o "funcionamento pleno dos serviços da unidade".
Suspensão negada
Em abril, a direção do Hospital Geral de Fortaleza (HGF) solicitou que as cirurgias eletivas fossem suspensas por tempo indeterminado “até que seja normalizado o abastecimento de insumos” na unidade. A Sesa não aceitou e afirmou que os procedimentos estariam mantidos.
Uma Portaria do Ministério da Saúde, publicada nessa quarta-feira, 22, liberou R$ 143,2 milhões aos estados e municípios para a realização de cirurgias eletivas no Brasil. O Ceará, conforme a divisão, receberá aporte de mais de R$ 5 milhões.
O POVO Online