-->

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Mulher é presa suspeita da morte de empresário


A Polícia Civil, por meio da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), prendeu, na manhã de ontem, 8, um homem e a ex-mulher do empresário Antônio Rivadávio Teixeira Moreira, 49, encontrado morto a facadas no apartamento dele, no último dia 28 de março, no bairro Vila União, em Fortaleza. Claudênia da Silva Rodrigues, 37, ex-esposa da vítima, e Thiago de Almeida Gomes, 24, que segundo investigação da Polícia, mantinha um relacionamento amoroso com ela, são suspeitos de terem cometido o crime.
De acordo com a diretora da DHPP, delegada Socorro Portela, a prisão preventiva foi decretada por existir fortes indícios de que a dupla teria praticado o homicídio. "Foram feitas várias diligências no local do crime e na casa dos dois (Claudênia e Thiago). Ouvimos também os funcionários da empresa da vítima, familiares e alguns amigos em comum, que deram informações importantes sobre o caso. A investigação ainda está em curso, mas achamos por bem decretar a preventiva deles por acharmos que as evidências apontam os dois como autores", informou.

Câmeras
Socorro Portela lembrou que Claudênia da Silva foi flagrada por câmeras de segurança interna chegando de carro, por volta das 7h, ao apartamento do empresário. Logo em seguida, um homem em uma moto, usando um fardamento semelhante ao da empresa da vítima, também chegou ao local do crime.
Minutos depois, a mulher saiu e depois foi a vez do suspeito deixar o local. A delegada informou que funcionários de Rivadávio Teixeira reconheceram esse homem como sendo Thiago de Almeida. "Os funcionários não disseram que o Thiago foi o assassino, mas garantiram que é ele que aparece nas imagens", disse.

A investigação revelou que Thiago possuía uma motocicleta diferente da que aparece no vídeo, mas no dia do crime ele havia pedido emprestado a um amigo um moto com as mesmas características da que transitou pelo apartamento.
A diretora da DHPP também informou que no primeiro contato que teve com a Claudênia pediu que ela informasse tudo sobre outros relacionamentos e não escondesse nenhuma informação. No entanto, a suspeita não mencionou o namoro de sete meses que teve com Thiago.
Após a descoberta, Claudênia tentou explicar a situação e disse que o namoro acabou por não conseguirem separar o namoro do trabalho. Questionada sobre o que poderia ter motivado o crime, a delegada informou que as investigações ainda estão em andamento e não poderia afirmar com toda a certeza o que estaria por trás do assassinato. "No momento tudo leva a crer que o crime foi motivado por dinheiro. Rivanaldo tinha uma empresa e boas condições financeiras. Já Claudênia, tinha um negócio que estava indo à falência. Além disso, os filhos do casal possuem um seguro (quantia não revelada). Então essa é uma das hipóteses que está sendo trabalhada", disse a delegada.
Rivadávio e Claudênia estavam separados há quatro anos e a guarda das duas filhas, fruto do casamento, pertencia ao empresário. Ainda assim, a ex-mulher recebia uma pensão paga por ele e tinha livre acesso ao apartamento e à empresa Riva Saúde Ambiental, especializada no manejo e controle de pragas.
As informações sobre a prisão foram divulgadas ontem, durante coletiva de imprensa na sede da DHPP, onde a dupla está detida, temporariamente. Além da diretora da DHPP, também esteve presente o delegado Danilo Rafanelle, responsável pela área onde ocorreu o crime, e que auxiliou nas investigações do caso.
Parentes da vítima também estiveram na Divisão de Homicídio. O irmão do empresário, o assessor parlamentar Ubiratan Teixeira, veio de Brasília para acompanhar o caso de perto. Emocionado, ele disse esperar que a justiça seja feita. "Espero que eles continuem presos e paguem pelo crime", disse.
Valdir Almeida
Colaborador