Para Mary O'Grady, Supremo brasileiro "está amordaçando seus críticos" sem o devido processo.
A colunista Mary Anastasia O’Grady, do jornal norte-americano The Wall Street Journal, defendeu em artigo publicado neste domingo (22) que o Supremo Tribunal Federal (STF) representa uma ameaça ainda maior à democracia que a invasão às sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro. No texto, a jornalista versa sobre seu receio com a “repressão do Brasil à liberdade de expressão”.
De acordo com ela, o mundo parece não perceber o “perigo iminente à liberdade que agora espreita no Brasil: uma Suprema Corte que está amordaçando seus críticos, congelando seus bens e até mesmo prendendo alguns, tudo sem o devido processo”.
O’Grady reconhece que os eventos de 8 de Janeiro “merecem condenação inequívoca” e que “levar os responsáveis pela destruição de propriedade do governo à Justiça é uma responsabilidade fundamental do Estado”. Entretanto, enxerga “moralização seletiva” no caso.
– A afirmação de que o motim de Brasília é fruto do dia 6 de janeiro de 2021 [data da invasão ao Capitólio, nos EUA] cheira a moralização seletiva. Quando a extrema esquerda vandalizou a Colômbia por meses em 2021, não me lembro dos militantes de Washington, D.C. culpando-a pelos tumultos do verão de 2020 ligados ao Black Lives Matter nos EUA – escreveu.
Ela finaliza sua avaliação citando casos de autoritarismo no judiciário em outros países:
– A Venezuela era uma democracia no início dos anos 2000, quando o homem forte Hugo Chávez assumiu o controle do judiciário, eliminando os direitos das minorias e as proteções legais. Jimmy Carter aplaudiu o chavismo. Tiranos na Bolívia e na Nicarágua copiaram o manual político de Chávez. Hoje, a separação de poderes necessária para a sobrevivência da democracia é incerta em muitos países da região, incluindo Colômbia, Honduras, El Salvador e México – concluiu.
(Pleno News)
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