A ferramenta de transferência instantânea de recursos surgiu inicialmente como uma alternativa às transações bancárias, mas em setembro de 2021, segundo o Banco Central, as transações feitas por Pix já superavam aquelas realizadas por boletos, TEDs, DOCs e cheques somadas.
A adesão foi tão substancial que o Banco Central incluiu novas modalidades e já estuda novas funcionalidades para 2022. As últimas novidades apresentadas foram o Pix Saque e o Pix Troco. O primeiro permite que o usuário transfira recursos para uma conta Pix em pontos que ofertarem o serviço e saque o dinheiro em espécie. O segundo também é um saque, mas atrelado a uma compra, ou seja, permite que o cliente transfira, para a conta de estabelecimentos comerciais, quantias maiores que o valor da compra e receba a diferença em forma de troco.
Como usar o Pix Saque e Pix Troco
O Banco Central já previa que a disponibilização dos serviços seria feita de forma gradual, uma vez que ela é facultativa. Aos comerciantes que já aceitam Pix por meio de QR Code, o processo para a disponibilizar os novos serviços é simples. O primeiro passo é definir o produto: apenas o Pix Saque, apenas o Pix Troco ou ambos. O estabelecimento comercial também vai estabelecer as condições como horários, dias e valores. É necessário, ainda, firmar contrato com uma instituição participante do Pix para viabilizar sua atuação como agente de saque.
Já os usuários precisam procurar estabelecimentos comerciais que já tenham aderido à ferramenta de Troco e Saque. Na primeira opção, alguém que vá a uma padaria, por exemplo, e precisa pagar R$ 22, o valor da compra, pode passar um Pix de R$ 32 e receber os R$ 10 reais de troco em dinheiro.
No Pix Saque, a pessoa pode sacar dinheiro em estabelecimentos comerciais sem a necessidade de ter feito compras no local. A loja funciona como um “agente de saque”. Não é necessário ter um cartão do banco, bastando usar apenas o celular, que vai ler o QR Code para realizar a transação.
PIX: Limites e custos
As novas funções do Pix contam com um limite: as transações não podem ser superiores a R$ 500 durante o dia, ou seja, das 6h às 20h, segundo o Banco Central, nem maior que R$ 100 no período noturno. O cliente tem direito a fazer oito transações do tipo por mês sem pagar nada. A partir da nona transação, pode ser cobrada uma tarifa, o que varia de acordo com o agente financeiro.
Os estabelecimentos comerciais que oferecerem o serviço também não pagam nada por isso, pelo contrário, recebem. O lojista vai receber de R$ 0,25 a R$ 0,95 por operação – o valor é negociado com a sua instituição de relacionamento.
Segundo o Banco Central, além de facilitar a vida do usuário, o objetivo do Pix Saque e Pix Troco é oferecer alternativas e maior movimentação aos comerciantes. Isso porque, segundo o banco, a oferta do serviço diminui os custos dos estabelecimentos com gestão de numerário, como aqueles relacionados à segurança e aos depósitos, além de possibilitar que os estabelecimentos ganhem mais visibilidade para seus produtos e serviços, com o chamado “efeito vitrine”.