-->

quinta-feira, 8 de julho de 2021

Bolsonaro garante ter provas que eleição de Dilma foi fraudada, Aécio venceu em 2014 e desafia Barroso

 

Bolsonaro afirmou, na tarde desta quarta-feira, que Aécio Neves (PSDB) “foi eleito em 2014”. A manifestação foi feita durante entrevista exclusiva à Rádio Guaíba, no programa Boa Tarde Brasil, quando reforçou as críticas ao sistema eleitoral brasileiro e defendeu o voto auditável. Bolsonaro disse que não pode adiantar, mas que há levantamento que garante que houve fraude no segundo turno da disputa de 2014, quando a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foi eleita.

Ele também afirmou ter provas de fraude na eleição, sem especificar o que seria. “No meu entender, e vai ser comprovado nos próximos dias. Vai ser comprovado da minha parte fraudes na eleição. E daí eles falam que eu não tenho como apresentar provas de fraude. Eu vou apresentar. Mas eu desafio o Barroso antes, me apresente uma prova que não há fraude. Que o voto eletrônico é seguro”, enfatizou.

Ao fazer críticas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao ministro do Supremo Tribunal Federal Luis Roberto Barroso, que preside o TSE, o presidente disse que “ganha a eleição quem conta o voto”. “E quem conta o voto é o TSE. E nós sabemos qual a vida preguessa do Barroso”. Antes, Bolsonaro já havia questionado as razões que levaram Barroso aatuar contra a discussão da PEc do voto impresso no Congresso. “A democracia sim se vê a ameaçada por parte de alguns de toga que perderam a noção de onde vai os seus deveres e direitos. Quando você vê o ministro Barroso ir ao Parlamento brasileiro negociar com algumas lideranças partidárias para que o voto impresso ou auditável não fosse votado na comissão especial, o que ele quer com isso?”, questionou, em seguida, dizendo que é por causa de fraudes.

Sobre o voto eletrônico, questionou o fato de muitos países não o utilizarem. “Um dos raros países que adota esse sistema é o nosso. E as coisas precisam ser atualizadas, aperfeiçoadas”, pontuou. Em seguida, voltou a criticar a postura do presidente do TSE sobre o assunto. “Porque o Barroso não quer mais transparência nas eleições? Porque tem interesse pessoal nisso. Ele está se envolvendo numa causa como essa e interferindo no Legislativo, e isso é concreto, porque após a ida dele ao Parlamento, várias lideranças partidárias trocaram os integrantes na comissão que analisa o voto auditável por parlamentares que vão votar contra o voto auditável”, ressaltou. (Folha da República)