Enquanto os trâmites correm na Polícia Civil do Rio Grande do Sul envolvendo o sacerdote Elizeu Moreira, um procedimento investigativo também será instaurado pela Arquidiocese de Passo Fundo, conforme informou o arcebispo Dom Rodolfo Luis Weber nesta quarta-feira, dia 3.
O delegado Diogo Faria, responsável pelo caso na Polícia Civil, informou que o padre havia saído de Tapejara, onde fica a paróquia em que atua, para a cidade de Passo Fundo, a 60 quilômetros de lá. O objetivo inicial dele no município foi celebrar um sepultamento. No entanto, ao sair do cemitério, ele parou num mercado para realizar o primeiro assalto. O mesmo ato foi cometido em seguida numa farmácia e, por fim, ocorreu o terceiro roubo, mas desta vez num supermercado.
— A pessoa fingiu ser um cliente, escolheu produtos foi no caixa, deu dinheiro na hora do troco, anunciou o assalto e levou o dinheiro — afirmou Faria a respeito dos três delitos.
Os crimes foram realizados num internalo aproximado de 1h. Passada mais outra hora, o padre foi localizado. Segundo as lojas roubadas, foram suprimidos, no total, R$ 2,4 mil. Com o suspeito, contudo, havia apenas cerca de R$ 600.
— Ele alegou que foi um momento de loucura — explicou o delegado.
Após a decisão judicial em manter o padre preso, o suspeito foi conduzido ao presídio, onde ficará à dispotição da Justiça.
A Arquidiocese de Passo Fundo se pronunciou através de um vídeo postado em rede social. Dom Rodolfo afirmou que o suspeito terá seu devido direito à defesa tanto no processo legal, quanto na própria apuração interna a ser realizada pela Igreja Católica, que colaborará com os agentes públicos.
O arcebispo classificou o episódio como um "fato que choca, que chama atenção, que provoca". De fato, imagens registradas por uma câmera de segurança que mostram o momento de um assalto, a que o padre foi acusado de ter cometido, repercutem nas redes sociais.