O homem apontado por vítimas e pela Polícia Civil como responsável por um esquema fraudulento em vendas de apartamentos, que teria resultado em um prejuízo de R$ 12 milhões, negou ser o responsável pelo golpe. Em depoimento à Polícia, ele alega que foi usado pela proprietária da construtora, que após ter sido alvo de operações da Polícia Federal, estaria precisando de capital.
Túlio Venturoti Cardoso esteve na Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) na última segunda-feira (4). Ele disse aos investigadores que não é corretor de imóveis, mas que agia com as procurações fornecidas pela então patroa.
O advogado que representa o investigado, Aldemir Pessoa, afirmou que o valor do prejuízo não chega ao montante estimado pela Polícia Civil. "Esse problema foi ocasionado não por ele, Túlio, que não é corretor de imóveis. Ele era braço direito da dona de uma construtora, ainda não indiciada no inquérito. Essa construtora fez determinadas coisas com o auxílio do Túlio. Ela fraudou procurações de algumas pessoas e passou as procurações para o Túlio poder assinar determinadas escrituras de comercialização de imóveis. Os pagamentos foram feitos uma parte em dinheiro, outra em carro, outra em imóvel. As partes em carro e imóvel já restaram bloqueadas pelas pessoas, que não finalizaram a transferência. Portanto, as cifras não chegam ao número estratosférico que foi divulgado diante da informação preliminar da Polícia", disse.
Conforme o advogado, Túlio Venturoti não sabia que estava portando documentos falsos para efetivar as negociações. "Ele negociava através das procurações entregues pela patroa. Mas ele não sabia que essas procurações eram falsas", ressaltou.
Aldemir Pessoa disse, ainda, que o suspeito irá expor tudo o que sabe à Polícia, em breve. "Túlio vai efetivar uma 'delação premiada', sem precisar do recurso. Vai mostrar quem são os verdadeiros responsáveis pelo crime, para onde foi o dinheiro, quem foi o favorecido. Se ele for participante é como coautor, mas não como autor efetivo. Ele foi usado tanto quanto as pessoas que adquiriram os imóveis", apontou.
O advogado explicou que o golpe teria nascido da necessidade da empresária de obter capital. Ela fora alvo de recentes operações da Polícia Federal que apuram fraudes realizadas na Caixa Econômica Federal (CEF) através de empréstimos.
"A construtora erguia imóveis do 'Minha Casa Minha Vida'. E no meio da construção houve um rombo. A empresária foi alvo de duas operações, a Fidúcia e a Caixa Preta, por rombos na Caixa Econômica. A dona da construtora então não tinha mais a facilidade de obter dinheiro por conta disso. Então passou a revender os imóveis. Em algumas vezes, não fez o destrato, para fazer dinheiro. Coisas de R$ 4 milhões ela revendeu por R$ 400 mil", exemplificou.
Em relação ao sumiço de Túlio, o suspeito teve de se esconder no Estado da Bahia, junto a parentes, de acordo com o advogado. As vítimas do golpe teriam descoberto o local onde Túlio vivia em Fortaleza e a residência foi depredada.
Publicação
O jornal publicou, com exclusividade, na edição do último dia 27, toda a trama descoberta pela Polícia Civil. Segundo o delegado titular da DDF, Jaime Paula Pessoa, são mais de 20 vítimas. "Túlio vendeu o mesmo imóvel para mais de uma pessoa. Oferecia a preços bem abaixo do mercado", relatou, à época.
Diário do Nordeste
Túlio Venturoti Cardoso esteve na Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) na última segunda-feira (4). Ele disse aos investigadores que não é corretor de imóveis, mas que agia com as procurações fornecidas pela então patroa.
O advogado que representa o investigado, Aldemir Pessoa, afirmou que o valor do prejuízo não chega ao montante estimado pela Polícia Civil. "Esse problema foi ocasionado não por ele, Túlio, que não é corretor de imóveis. Ele era braço direito da dona de uma construtora, ainda não indiciada no inquérito. Essa construtora fez determinadas coisas com o auxílio do Túlio. Ela fraudou procurações de algumas pessoas e passou as procurações para o Túlio poder assinar determinadas escrituras de comercialização de imóveis. Os pagamentos foram feitos uma parte em dinheiro, outra em carro, outra em imóvel. As partes em carro e imóvel já restaram bloqueadas pelas pessoas, que não finalizaram a transferência. Portanto, as cifras não chegam ao número estratosférico que foi divulgado diante da informação preliminar da Polícia", disse.
Conforme o advogado, Túlio Venturoti não sabia que estava portando documentos falsos para efetivar as negociações. "Ele negociava através das procurações entregues pela patroa. Mas ele não sabia que essas procurações eram falsas", ressaltou.
Aldemir Pessoa disse, ainda, que o suspeito irá expor tudo o que sabe à Polícia, em breve. "Túlio vai efetivar uma 'delação premiada', sem precisar do recurso. Vai mostrar quem são os verdadeiros responsáveis pelo crime, para onde foi o dinheiro, quem foi o favorecido. Se ele for participante é como coautor, mas não como autor efetivo. Ele foi usado tanto quanto as pessoas que adquiriram os imóveis", apontou.
O advogado explicou que o golpe teria nascido da necessidade da empresária de obter capital. Ela fora alvo de recentes operações da Polícia Federal que apuram fraudes realizadas na Caixa Econômica Federal (CEF) através de empréstimos.
"A construtora erguia imóveis do 'Minha Casa Minha Vida'. E no meio da construção houve um rombo. A empresária foi alvo de duas operações, a Fidúcia e a Caixa Preta, por rombos na Caixa Econômica. A dona da construtora então não tinha mais a facilidade de obter dinheiro por conta disso. Então passou a revender os imóveis. Em algumas vezes, não fez o destrato, para fazer dinheiro. Coisas de R$ 4 milhões ela revendeu por R$ 400 mil", exemplificou.
Em relação ao sumiço de Túlio, o suspeito teve de se esconder no Estado da Bahia, junto a parentes, de acordo com o advogado. As vítimas do golpe teriam descoberto o local onde Túlio vivia em Fortaleza e a residência foi depredada.
Publicação
O jornal publicou, com exclusividade, na edição do último dia 27, toda a trama descoberta pela Polícia Civil. Segundo o delegado titular da DDF, Jaime Paula Pessoa, são mais de 20 vítimas. "Túlio vendeu o mesmo imóvel para mais de uma pessoa. Oferecia a preços bem abaixo do mercado", relatou, à época.
Diário do Nordeste