A vantagem expressiva do candidato Eunício Oliveira (PMDB) em Fortaleza em sua disputa para o Governo estadual anima o partido a ter candidatura própria para prefeito da Capital de acordo com o deputado estadual reeleito Danniel Oliveira (PMDB), sobrinho do senador. “Vamos trabalhar essa hipótese, tanto na Câmara Municipal quanto na Assembleia Legislativa”. Apesar de não dar certezas nem sobre nomes e nem sobre a legenda do postulante, ele diz que “possivelmente” será um peemedebista.
O deputado participou ontem de mais uma reunião do bloco de oposicionistas eleitos para a Assembleia Legislativa. O grupo esteve com o senador Eunício Oliveira (PMDB), o ex-prefeito de Maracanaú e candidato derrotado a vice-governador Roberto Pessoa (PR) e o ex-governador do Estado Lúcio Alcântara (PR).
Segundo o vereador e deputado estadual eleito Capitão Wagner (PR) - um dos nomes cotados para a disputa de 2016 -, o grupo prepara manifesto apresentando o bloco para a imprensa e a sociedade.
Relações institucionais
O senador Eunício Oliveira, um dos principais patrocinadores da iniciativa dos parlamentares, afirmou que “nós já descemos do palanque. A eleição já passou”, garantindo que a função daquele grupo não é fazer uma “oposição raivosa”.
Apesar de ter declarado anteriormente ao O POVO que “a votação que eu recebi me deixou na condição de liderar esse movimento (de oposição)”, o senador fez questão de dizer que não era líder do bloco que ali se reunia. “Eu apenas estou junto com eles, porque entendo que a população nos colocou nessa posição”, explicou.
Perguntado sobre a declaração do governador eleito Camilo Santana (PT) - de que manteria o diálogo com os três senadores cearenses - ele afirmou que manterá uma relação institucional com o petista. “Eu não serei opositor (a Camilo) no Senado”. Eunício declarou que apoiaria qualquer iniciativa que ele avalie que beneficia o Estado. “Não espere de mim nenhum tipo de retaliação”, disse.
Eunício também comentou a ocupação de sua fazenda em Goiás por membros do MST. Ele, mais uma vez, afirmou tratar-se de uma “ocupação política”, dizendo que havia seis caminhonetes da Defesa Civil do Ceará no dia em que os sem-terra chegaram à propriedade. “O que faziam caminhonetes da Defesa Civil a 3.600 quilômetros do estado do Ceará?”, questionou.
Segundo o senador, a fazenda é produtiva - produziria soja. “Fazenda produtiva não pode ser invadida e fazenda invadida não pode ser desapropriada”, alegou.
Ele voltou a acusar o deputado estadual eleito Elmano de Freitas (PT) de estar a serviço do secretário estadual de Saúde Ciro Gomes (Pros). Ele também rebateu a afirmação de que haveria mais de três mil ocupantes. “Nunca teve sequer 500 pessoas”, disse.
Fonte: O Povo