O Ministério Público Estadual (MPE) divulgou, ontem, imagens inéditas da operação deflagrada na última quarta-feira (4), que prendeu nove pessoas envolvidas com casas de prostituição na Capital. No vídeo, feito durante as investigações, a ex-coordenadora do Escritório de Combate ao Tráfico de Seres Humanos (ETSH), que funcionava na Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) e fundadora da ONG "Guardiões do Futuro", Eline Maria Marques Dantas, é vista entrando em um prédio onde funcionava uma das casas cujos proprietários foram detidos, no bairro Benfica.
Eline chega, à luz do dia, usando uma camisa preta em que, às costas, está escrito o nome da ONG. Ela toca a campainha, o portão é aberto, e a ex-coordenadora do (ETSH) entra no local.
De acordo com o promotor de Justiça Marcos William Leite, a prisão de Eline foi uma surpresa, pois o Ministério Público não desconfiava que ela estivesse envolvida. Segundo o MPE, a ex-funcionária da Sejus tinha acesso a informações privilegiadas e repassava aos proprietários das casas de prostituição. O Ministério Público afirma ainda que Eline recebia R$ 400 por semana de cada estabelecimento.
Eline chega, à luz do dia, usando uma camisa preta em que, às costas, está escrito o nome da ONG. Ela toca a campainha, o portão é aberto, e a ex-coordenadora do (ETSH) entra no local.
De acordo com o promotor de Justiça Marcos William Leite, a prisão de Eline foi uma surpresa, pois o Ministério Público não desconfiava que ela estivesse envolvida. Segundo o MPE, a ex-funcionária da Sejus tinha acesso a informações privilegiadas e repassava aos proprietários das casas de prostituição. O Ministério Público afirma ainda que Eline recebia R$ 400 por semana de cada estabelecimento.
Depoimentos
Todos os detidos estão permanecem recolhidos na Delegacia de Capturas e Polinter (Decap), e devem ser ouvidos segunda-feira (9). A reportagem tentou, novamente falar com os advogados de Eline Marques, mas não obteve contato, até o fechamento desta edição.
"Todos vão ser ouvidos e só depois vamos analisar o material apreendido, para darmos continuidade aos trabalhos", disse o promotor Marcos William.
A operação foi deflagrada na última quarta-feira, visitando oito estabelecimentos e teve apoio de três equipes da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), duas da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), e outras duas equipes da Polícia Civil.
O promotor Marcos William Leite disse que as investigações foram desencadeadas após uma CPI feita pela Câmara de Vereadores de Fortaleza a respeito da prostituição infantil, no ano de 2012. O documento resultante da CPI foi enviado ao MPE, que desde então, vem fazendo ações de combate ao crime.
As garotas que estavam fazendo programas nos locais visitados pela Polícia foram notificadas. Uma delas, ouvida pelos investigadores, disse que cobrava R$ 150 reais por programa. Destes, ficava com R$ 90 e entregava R$60 ao dono da casa.
Além de Eline Marques, foram presos temporariamente, Francisco Charles Bravo de Alencar (proprietário) e Francisco Rogério Freitas de Paula (gerente) da ´Casa das Patricinhas´, instalada no Centro; Valdemir Pereira Costa, proprietário da ´Casa do Val´, no Jardim das Oliveiras; Francisca Herbênia Silveira Rodrigues, proprietária do ´3010´, situado no Centro; Humberlete Ferreira Rodrigues, a ´Bete´ (proprietária), e Terezinha Wilma Fernandes (gerente) de um prostíbulo no Benfica; Janayla da Conceição Costa, proprietária da ´Casa das Coelhinhas´, no Presidente Kennedy; e Vilaneuma Moura, proprietária de uma casa de prostituição na Aldeota.
Fonte: Diário do Nordeste
