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sábado, 26 de abril de 2014

Justiça decide bloquear bens de pai do menino Bernardo



A Justiça do Rio Grande do Sul decretou a indisponibilidade dos bens do médico Leandro Boldrini, suspeito de envolvimento na morte do filho Bernardo, 11 anos, nesta sexta-feira (25).
A medida atende a um pedido do Ministério Público e foi tomada por um juiz da cidade de Três Passos, onde a família vivia. Leandro, a madrasta de Bernardo, Graciele Ugolini, e a assistente social Edelvânia Wirganovicz estão presos desde que o corpo do menino foi encontrado em um matagal, na semana passada. Com a decisão, o médico fica proibido de realizar movimentações financeiras ou devender propriedades. Bernardo era o único herdeiro da mãe, que morreu em 2010. O inventário dela ainda não foi concluído.
Para o Ministério Público, o bloqueio dos bens evita que Leandro use o patrimônio do filho para custear a sua defesa. A Promotoria considera que não seria "digno" o médico se tornar herdeiro do garoto sendo suspeito de ter ajudado a matá-lo. O juiz responsável, Marcos Agostini, argumentou que o Código de Processo Civil autoriza o magistrado a tomar "medidas provisórias" para evitar que uma parte prejudique o direito de outra antes de um julgamento
Ele também determinou que a avó materna de Bernardo seja notificada da situação, o que permite que ela entre como parte no caso. A defesa do médico nega que ele tenha qualquer envolvimentocom a morte de Bernardo. A investigação da Polícia Civil ainda não foi concluída.
DIÁRIO DO NORDESTE