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quinta-feira, 20 de março de 2014

MP diz que ex-diretor preso também é investigado em caso da refinaria


O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro informou nesta quinta-feira (20) que investiga o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa, preso pela Polícia Federal por lavagem de dinheiro, também por envolvimento em supostas irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, no Texas.
A Procuradoria disse que o caso está sob sigilo e não deu detalhes sobre o início ou o andamento da apuração.
A compra da refinaria de Pasadena é alvo de investigações também da Polícia Federal por suspeita de superfaturamento. A refinaria foi comprada pela Petrobras em 2006, da empresa belga Astra Oil, por US$ 1,18 bilhão. Um ano antes, tinha sido adquirida pela Astra por US$ 42 milhões. O jornal "O Estado de S. Paulo" revelou que a presidente Dilma Rousseff, à época presidente do conselho, tinha concordado com a compra. Dilma justificou que só concordou porque se baseou em um parecer técnico "falho".
Propina
PF e MPF investigam ainda denúncia de que funcionários da estatal receberam propina para favorecer a empresa holandesa SBM Offshore, que aluga plataformas flutuantes a companhias petrolíferas.
No fim de fevereiro, a  Procuradoria Geral da República decidiu enviar para a Procuradoria da República no Rio de Janeiro o pedido feito pelo PSDB para apuração de denúncia de que funcionários da Petrobras teriam recebido propina da empresa holandesa SBM Offshore.
O pedido de apuração só ficaria na Procuradoria Geral da República se fossem verificados indícios de envolvimento de pessoas com foro privilegiado, como ministros de Estado e parlamentares.
Reportagem publicada em fevereiro pelo jornal “Valor Econômico” revelou um suposto esquema de pagamento de suborno a autoridades de governo e de estatais de diversos países, entre os quais o Brasil. A publicação relatou depoimento de um ex-funcionário da SBM Offshore ao Ministério Público da Holanda no qual ele acusa sua antiga empresa de ter pago US$ 250 milhões em propinas. As denúncias foram divulgadas na internet. Créditos ao blog G1.