Um bom debate. Assim pode ser avaliada a decisão da justiça em Quixeramobim, município do Sertão Central. A problemática da ausência de médicos no Hospital Regional Dr. Pontes Neto, nasceu a partir da decisão de justiça.
O prefeito destacou a dificuldade de contratar profissionais: “Nós temos que nos adequar a uma outra situação, temos que ter muito mais médico porque o recurso limite de 12 mil reais só dá para pagar um plantão por semana a cada especialista”, disse. Pimenta citou exemplo de diversas especialidades: “Nós tivemos que aumentar a quantidade de médicos anestesistas. Hoje são seis, mas tem um dia que falta porque ainda não conseguimos mais um médico anestesista para fechar a semana e poder, cada um, receber até 12 mil reais, que é a determinação da Justiça”.
O Hospital possui ainda seis cirurgiões, cinco traumatologistas e três obstetras. Segundo o prefeito, para cumprir a determinação judicial é necessário um profissional diferente para cada dia da semana nessas áreas. Para Pimenta o caso mais complicado é o dos clínicos, que hoje são seis: “Até o mês passado tínhamos mais clínicos porque nós temos 20 equipes de médico da família, mas foi criado um programa, o PROVAB, onde os médicos são estimulados a vir para o interior do Ceará para trabalhar como médico da família e depois de um ano eles voltam para Fortaleza para fazer residência. Esse mês foram embora sete ou oito profissionais, eles também davam plantão no Hospital”. O gestor afirmou que já pediu ao Governo do Estado mais 11 médicos, mas os profissionais só virão em abril.
“O Hospital nunca deixou de estar com médico, qualquer que seja a área. Na emergência tem dia que tem um médico, às vezes dois, em alguns momentos chegou de não ter médico clínico porque não encontramos na região disponibilidade desses profissionais”, ressaltou Pimenta.
O prefeito frisou ainda que Quixeramobim receberá uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que ajudará a desafogar os atendimentos emergenciais do Hospital Dr. Pontes Neto, além do Hospital Regional do Sertão Central, cujas obras estão bastante avançadas. Segundo ele, a emergência do HRSC funcionará ainda este ano. Para Cirilo, a grande demanda que recebe o Pontes Neto hoje, em um futuro próximo, será distribuída na UPA e na emergência do HRSC.
Créditos ao Blog Roberto Moreira.