Na tarde de hoje, o governador Cid Gomes (Pros) recebe no Palácio da Abolição o senador e pré-candidato do PMDB ao governo, Eunício Oliveira, para almoço restrito. O encontro será a primeira conversa sobre a eleição deste ano entre os dois.
Já para às 8h30min de amanhã, está marcada reunião do Diretório Estadual do PT, em hotel na Messejana. O encontro de filiados do partido votará a tese que orientará a legenda para 2014. Na ocasião, devem se chocar ideias distintas: a de candidatura petista ao Senado ou ao Governo.
Tensões
Se tanto Cid quanto Eunício tentam colocar panos quentes na relação, a candidatura quase certa do peemedebista é o principal nó na base. Como Cid não pretende antecipar definições até junho, Eunício dificilmente ouvirá declaração de apoio hoje.
A indefinição é ruim para o senador, que corre contra o tempo para definir palanque – principalmente caso decida disputar sem apoio do governador. Sem sinalização positiva hoje, Eunício pode tanto se rebelar e seguir candidato sozinho, adiar a definição ou desistir de disputar a sucessão.
A situação também é tensa no PT, hoje rachado em três teses. Enquanto José Guimarães mobiliza grupo majoritário para vaga no Senado, outras três correntes do partido tentam emplacar candidatura petista ao Governo sob as bênçãos de Cid. Isolada em uma terceira tese, a ex-prefeita Luizianne Lins prega candidatura própria petista e rompimento com Cid.
Principal líder do PT no Ceará, Guimarães aposta em aprovação da indicação petista ao Senado neste sábado. Em entrevista ao O POVO, o secretário Nelson Martins (Desenvolvimento Agrário) foi mais comedido: “Creio que o partido vai esperar definição do governador para fazer suas resoluções finais”.
Amplia a indefinição a possível renúncia de Cid para apoiar Ciro Gomes (Pros) ao Senado. A medida atrapalha planos tanto de Guimarães quanto do senador Inácio Arruda (PCdoB), que tenta se manter no cargo.
Consolação
Ainda “de fora” do jogo político, vagas de vice-governador e presidente da Assembleia ainda podem ser forma de acomodar aliados. Atualmente, vaga de vice é vista como possível “consolação” a um dos aliados que não se sentir devidamente contemplado. A cadeira da Assembleia ainda deve entrar nesse acerto.
Créditos ao jornal O Povo.