Não deixaremos em hipótese alguma a Copa ser contaminada', declarou.
Ela também voltou a defender reforma política por meio de consulta popular.
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (16) que não permitirá que a Copa do Mundo de 2014 seja "contaminada" por eventuais episódios de violência e prometeu "segurança pesada" durante o período.
Ela fez o comentário logo depois de se referir a investimentos relacionados à Copa do Mundo, em discurso dirigido a ministros e empresários durante a 42ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o apelidado "Conselhão", no Palácio do Planalto.
De acordo com a presidente, obras em aeroportos e mobilidade urbana não são somente para a Copa, que, segundo afirmou, exige também um "aperfeiçoamento imenso" em segurança pública.
Ela afirmou que o governo colocará em operação durante a Copa um esquema de "segurança pesada", integrado por Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Forças Armadas.
"Não há a menor hipótese de o governo compactuar com qualquer tipo de violência. Não deixaremos em hipótese alguma a Copa ser contaminada", declarou.
Ela ressaltou também a parceria com os governos dos estados, com os quais estão sendo realizadas "reuniões sistemáticas" sobre questões relacionadas à Copa.
Na avaliação de Dilma, é Copa é importante porque haverá uma exposição do Brasil em outros países. "A gente sabe perfeitamente, os senhores também, o que seria se a gente fosse pagar um sistema de propaganda que fosse similar a esse que a Copa vai nos dar, na abertura, em todos os seus jogos, olhando todas essas 12 cidades", justificou.
Reforma política
Dilma voltou a defender uma reforma política que altere o sistema eleitoral e disse considerar "ilusório" acreditar que isso ocorrerá sem participação popular. "É ilusório supor que nós chegaremos a uma reforma política sem consulta popular. Você pode chegar a uma variante, mas não a uma reforma política que eu acredito necessária para o país."
Dilma voltou a defender uma reforma política que altere o sistema eleitoral e disse considerar "ilusório" acreditar que isso ocorrerá sem participação popular. "É ilusório supor que nós chegaremos a uma reforma política sem consulta popular. Você pode chegar a uma variante, mas não a uma reforma política que eu acredito necessária para o país."
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Em seu discurso de mais de uma hora para uma plateia formada por ministros, empresários e representantes da sociedade civil, Dilma afirmou que o governo teve um "efetivo insucesso" ao enviar para o Congresso Nacional sua proposta de reforma. Mas disse acreditar que, assim como no movimento das Diretas Já, que não teve um êxito imediato, todas as movimentações "nos aproximaram dessa necessária transformação que é a reforma política no país
A presidente se disse convicta de que "uma transformação dessa natureza" requer a mobilização da sociedade inteira.
"Ela tem de ser algo do qual nenhum de nós abra mão. E não só o governo. Porque o governo manda a proposta. O governo, em muitos momentos, não tem correlação de forças para aprová-las. Para se ter correlação de forças para aprovar, é óbvio que a sociedade, nas suas diferentes instâncias, tem que se manifestar", sustentou.
O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, fez o discurso de abertura da 42ª Reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social e informou que o governo tem a intenção de fortalecer o órgão e fazer reuniões mais frequentes. Ele anunciou que a próxima reunião será na quinta-feira da última semana de maio.
Esta é a sexta reunião do conselho realizada no governo da presidente Dilma Rousseff e a primeira sob o comando de Mercadante. O tema principal foram os desafios relativos à mobilidade urbana.
G1