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segunda-feira, 28 de abril de 2014

Ex-deputado vai usar tornozeleira eletrônica durante regime semiaberto

Condenado a sete anos e dois meses de prisão em regime semiaberto por corrupção e lavagem de dinheiro no processo do mensalão, o ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP-PE) deverá começar a trabalhar em uma clínica médica em Garanhuns (PE), na próxima terça-feira (29), usando uma tornozeleira eletrônica
 
A permissão para trabalho externo foi concedida pela Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça de Pernambuco. A clínica popular é mantida pela Associação Comercial de Garanhuns, município a 36 quilômetros de Canhotinho, onde Corrêa cumpre pena desde o início do ano. A vaga de radiologista foi viabilizada pelo prefeito de Garanhuns, Izaías Régis (PTB), membro e ex-presidente da associação comercial. 
 
O prefeito diz conhecer "muito pouco" o ex-deputado, mas afirma ter contato com Fábio, um dos filhos de Corrêa. "Foi o filho dele que falou comigo para eu arranjar um espaço para ele porque ele está bem pertinho daqui", afirmou Régis, por telefone. "Não vejo nada demais em uma pessoa trabalhar. Ele vai cumprir o trabalho dele, que é melhor que ficar sem fazer nada dentro de uma penitenciária, principalmente as penitenciárias brasileiras que não recuperam ninguém", disse o prefeito. 
 
De acordo com Régis, Pedro Corrêa não terá contato direto com pacientes. Ele fará os laudos das radiografias, que, desde 1998, quando a clínica foi aberta, eram feitos por radiologistas no Recife, que recebiam os exames via internet. 
 
Segundo o prefeito, Corrêa trabalhará seis horas diárias, de segunda a sexta-feira, e receberá mensalmente três salários mínimos (R$ 2.172). Após o trabalho, ele terá que dormir na penitenciária. O ex-deputado tem direito a 35 saídas por ano. A reportagem não conseguiu contatar, nesta segunda-feira (28), o filho de Fábio Corrêa, filho do ex-deputado.

Créditos ao Diário do Nordeste