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quinta-feira, 16 de julho de 2015

Inadimplência do consumidor tem alta anual de 23,4% em junho


A inadimplência do consumidor subiu 5,9% em junho ante maio, segundo pesquisa da Serasa Experian. Na comparação com junho do ano passado, a elevação é de 23,4%. No acumulado do primeiro semestre, ante igual intervalo de 2014, a inadimplência avançou 16,4%, no maior ritmo desde a primeira metade de 2012.

Segundo os economistas da Serasa, o crescimento significativo da inadimplência do consumidor no primeiro semestre de 2015 pode ser explicado pela alta da inflação, que corrói o poder de compra dos consumidores, o aumento das taxas de juros, que encarecem as dívidas, e a elevação do desemprego, que faz o trabalhador perder a sua principal fonte de renda.

Na decomposição do indicador, a inadimplência não bancária (junto aos cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica, água, etc.) foi a principal responsável pela alta total em junho ante maio, com aumento de 10,2%. As dívidas com os bancos e os títulos protestados também subiram, 2,5% e 4,7%, respectivamente. Já os cheques sem fundos apresentaram queda de 1,1%.

O valor médio das dívidas não bancárias apresentou alta de 24,6% no primeiro semestre do ano, na comparação com o mesmo período de 2014, para R$ 402,61. O valor dos cheques sem fundos cresceu 10,9%, para R$ 1.872,68. E no caso das dívidas com os bancos houve crescimento de 0,9% do valor, para R$ 1.277,46. Já o valor médio dos títulos protestados registrou queda de 3,3%, para R$ 1.403,54.

O indicador da Serasa de inadimplência do consumidor considera as variações registradas no número de cheques sem fundos, títulos protestados, dívidas vencidas com bancos e dívidas não bancárias em todo o País. A empresa diz que, por levar em conta o inadimplemento das pessoas físicas nas mais diversas modalidades – e não apenas dentro do sistema financeiro -, o índice consegue capturar movimentos cíclicos de inadimplência, que muitas vezes revelam ocorrências que vão se manifestar no sistema bancário dentro de seis a 12 meses.

Conteúdo Estadão