Os usuários de cartões de crédito e débito brasileiros devem ficar mais atentos antes de jogar no lixo faturas e documentos com informações pessoais. Segundo pesquisa publicada pela provedora de soluções de segurança em pagamentos ACI Worldwide, com mais de 6,1 mil consumidores, em 20 países, o Brasil está no topo do ranking de atitudes perigosas com uso de informações de cartões de crédito e débito, comparado a países como Estados Unidos, Canadá e México.
De acordo com o levantamento, 30% dos entrevistados consultados no país, afirmam jogar documentos com números de contas bancárias no lixo, o percentual representa mais que o dobro do apresentado nos Estados Unidos e no Canadá. O México também apresentou uma taxa menor, de 27% dos usuários.
O estudo mostra ainda que 25% usam serviços financeiros ou compram em lojas on-line por meio de computadores sem softwares de segurança ou de uso público e que 12% dos brasileiros costumam escrever a senha no próprio cartão ou trazer consigo anotada em um papel.
Alerta
Atitudes como essas facilitam a ação de golpistas. O levantamento mostra que 30% dos usuários no Brasil já foram vítimas de fraude em produtos financeiros do gênero. Mesmo assim, 63% dos consumidores admitiram ter usado os seus cartões novamente em pelo menos uma situação de risco.
Segundo Maria Zanforlin, superintendente de serviços ao consumidor da Serasa Experian, o consumidor deve prestar atenção ao documento de CPF e não repassar informações para locais que não sejam se inteira confiança.
“Hoje com a internet é muito fácil os fraudadores terem acesso aos consumidores”, explica. Segundo informações da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços, 85% das compras feitas com cartões no Brasil são por cartões com chip.
A vantagem da tecnologia é que o volume de cartões clonados no ambiente físico tem reduzido consideravelmente, já que as informações do chip não podem ser copiadas e essas transações exigem senha.
Conforme a organização, atualmente o envio de e-mails falsos é um dos principais artifícios usados pelos criminosos. Essas mensagens induzem o usuário a fornecer dados pessoais, incluindo o número, a data de validade e o código de segurança do cartão, que mais tarde são usados em transações fraudulentas.
Fonte: O Povo