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sexta-feira, 18 de maio de 2018

Escola Nota Dez premia 332 colégios públicos do Ceará



Os uniformes padronizados, multicoloridos, identificavam, no Centro de Eventos do Ceará, os municípios representados por alunos, professores e diretores no 10º Prêmio Escola Nota Dez. É um reconhecimento ao desempenho de 332 escolas públicas cearenses ao longo do ano letivo de 2017. São 150 escolas destaque em alfabetização, 150 do 5º ano e 32 do 9º ano do Ensino Fundamental. Para cada colégio, no mínimo duas dezenas de estudantes. Para cada estudante, incontáveis benefícios.

O evento foi comandado pelo governador Camilo Santana, que estava acompanhado da vice-governadora, Izolda Cela, e do secretário de Educação, Rogers Mendes, além de outros gestores do Governo. Mas as maiores autoridades, na ocasião, eram os estudantes, mestres e coordenadores, que lutaram, palmo a palmo, para reforçar os próprios índices, superando dificuldades comuns a quem faz da educação a principal bandeira para o desenvolvimento.

O Município de Icapuí teve a Escola Maria Edilce Barbosa premiada com o desempenho do 2º ano. Para o diretor Joaquim Marques, não há receita pronta. "Foi um trabalho coletivo, constante, de atividades diárias, planejamento, intervenções pedagógicas, acompanhamento de pais e professores, e a motivação", contou. Na cidade de Caridade, o esforço também foi concentrado, revela a prefeita Amanda Lopes. "O trabalho na educação é um trabalho de formiguinha. Hoje estamos aqui premiados com duas escolas e quem sabe no próximo ano com bem mais colégios", disse. Crateús é outro Município do interior com resultado satisfatório, segundo a secretária de Educação, Luiza Aurélia, com a premiação de seis colégios. "A cidade recebeu com muita festa. Estamos felizes e intensificando os trabalhos. Nossa meta é duplicar o número de escolas premiadas".

Ao todo, foram avaliadas 4.347 escolas com 303.664 alunos, distribuídos entre o 2º, 5º e 9º anos do Ensino Fundamental. Pelas informações do Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica (Spaece), a Secretaria de Educação analisa os resultados da alfabetização ao término do 2º ano, e, no caso do 5º e 9º, o desempenho nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática.

Os critérios estabelecidos exigem pelo menos 20 alunos matriculados na série, no momento da prova, além de 90% de participação, no mínimo. A turminha menor precisa ter pontuação entre 8,5 e 10, enquanto aos estudantes do 5º e 9º são submetidos ao parâmetro de 7,5 a 10 nas notas em Português e Matemática. Cada aluno avaliado representa investimento de R$ 2 mil, enquanto as instituições apoiadas recebem R$ 1 mil.

Comparativo

Desde a implantação do projeto, em 2007, até a recente avaliação, a alfabetização do 2º ano passou de 39,9% para 88,20%. Mudança significativa também foi sentida nos padrões não alfabetizados. No primeiro ano, era de 47,4% e agora registrou 4,7%. "Tudo isso se deve à pactuação que foi construída há mais de 10 anos, entre o Estado e municípios com metas, indicadores, premiação, meritocracia, estimulo. Representa a vocação que o Ceará tem", disse o governador Camilo Santana, antes do início da solenidade.

Desafios

Os resultados do 9º ainda não são considerados satisfatórios pelo Palácio da Abolição. "A cada momento do (Programa de Alfabetização na Idade Certa) PAIC nós vemos incluindo novos anos. Hoje, é o desafio do 9º ano, onde temos os menores indicadores. É garantir uma performance melhor", disse o governador, ladeado pelo secretário de Educação. "Aquelas escolas com melhores resultados é a que faz trabalhos do individuais, identificando fragilidades de cada estudante e montando proposta pedagógica específica. Não tem muito segredo", complementou Rogers Mendes.

Red; DN