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quarta-feira, 19 de abril de 2017

Congresso Nacional invadido durante protesto



Brasília. Representantes de sindicatos do setor de segurança pública invadiram o Congresso Nacional, ontem, em protesto contra a Reforma da Previdência. Vidros da Chapelaria, principal entrada do Congresso, foram quebrados. Pelo menos cinco manifestantes foram detidos.

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O protesto começou na Esplanada dos Ministérios, onde foram colocados cruzes e caixões, que foram queimados. Depois, um grupo desceu para o Congresso e invadiu o local. Eles foram contidos pela Polícia Legislativa, que usou gás de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo. Não houve informações de feridos.

Eunício

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), ligou para o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, e pediu ajuda na segurança para conter os manifestantes. "Lamento esse tumulto que aconteceu e que a Polícia Militar não esteja aqui para evitar qualquer tipo de confronto. Foram as Polícias do Senado e da Câmara, lamentavelmente, que tiveram que fazer algum tipo de reação, quando poderia ter sido evitado inclusive esse confronto aqui", afirmou Eunício.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, condenou a tentativa de invasão.

"Se chegamos a esse ponto em que a Polícia quebra o patrimônio público, invade o Parlamento sem necessidade, qual a sinalização que vamos dar ao cidadão? Que a gente tem uma Polícia que, em vez de defender, ataca? Essa sinalização é ruim para a corporação", criticou.

Guimarães

O líder da Minoria na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou que o ambiente de radicalização política é de responsabilidade do governo federal. "O governo está levando o País para a radicalização e a convulsão social, pois quer fazer a reforma na marra. O trabalhador, seja da Polícia Civil ou de outra categoria, está tendo seu direito suprimido. Vai fazer o quê? Vai lutar, e aí começa o conflito", disse.

O relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), afirmou que o protesto de policiais contra a proposta é um direito constitucional da categoria, mas que a "quebradeira" promovida por eles no prédio do Congresso Nacional é crime.

A Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) informou estar contrária à reforma da Previdência como um todo, não apenas os itens que afetam a categoria. Além da federação, o protesto teve a participação de outras entidades de segurança pública, reunidas na União dos Policiais do Brasil.

   
Fonte DN