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domingo, 13 de agosto de 2017

Sem salários, atletas não entram em campo e Mogi Mirim perde por W.O. na Série C


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Time poderá ser punido com, no mínimo, dois anos de exclusão em competições oficiais

  Último colocado no Campeonato Brasileiro da Série C, o Mogi Mirim-SP também convive com a falta de dinheiro para pagar os salários de elenco, comissão técnica e funcionários. Já são sete meses de salários atrasados, que fizeram com que os jogadores do time paulista se recusassem a entrar em campo neste sábado contra o Ypiranga-RS, pela 14.ª rodada.

O duelo estava marcado para as 15h30, no estádio Vail Chaves, em Mogi Mirim, no interior de São Paulo. Logo pela manhã, porém, o Sindicato de Atletas de São Paulo (Sapesp) emitiu nota dizendo que os jogadores do clube não entrariam em campo devido à falta de pagamento. Aliás, a entidade ainda confirmou que já na última sexta-feira a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) foi informada sobre o W.O..

A dívida do clube com os jogadores é de aproximadamente R$ 500 mil. Durante a semana, o presidente do Mogi Mirim, Luiz Henrique de Oliveira, disse que precisaria vender bens materiais do clube para ao menos quitar parte dos salários.

A diretoria se reuniu com o elenco por volta das 12 horas e iniciou uma negociação para que os jogadores entrassem em campo. A conversa se estendeu até 15 horas, quando alguns atletas recusaram uma das propostas do presidente e deixaram as dependências do estádio.

Outros ainda ficaram e até aceitariam entrar em campo para que o clube não perdesse por W.O. e viesse, no futuro, a ser punido com uma exclusão em competições oficiais. Mas acabaram convencidos pelos demais companheiros a não entrar em campo, selando de uma vez por todas a vitória do Ypiranga.

Confirmado o W.O., o Mogi Mirim deverá ser julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e poderá ser punido com, no mínimo, dois anos de exclusão em competições oficiais. A pena poderá aumentar, se for o entendimento dos relatores de um eventual julgamento.

Red; DN