-->

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Por telefone, Dilma demite Chioro da Saúde. PMDB pode ter 7º ministério


A presidente Dilma Rousseff demitiu por telefone ontem o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Em uma conversa fria, ela afirmou ao petista que ele fica no cargo até quinta, 1º, data em que deve ser anunciada a nova configuração da Esplanada dos Ministérios. Segundo relatos, a petista ficou irritada com declarações recentes do ministro à imprensa e com a suspeita de que ele estaria trabalhando para se manter no cargo junto a médicos sanitaristas e profissionais do ramo da saúde.

Na semana passada, o ministro já havia reunido sua equipe de secretários para falar de sua saída do cargo.

O encontro foi realizado no mesmo dia em que o Palácio do Planalto informou ao ministro que seu posto seria oferecido ao PMDB na reforma administrativa. Na época, Chioro chegou a se queixar de que se sentia “rifado” pelo governo. Em nota, o Ministério da Saúde confirma apenas a conversa por telefone entre Dilma e Chioro, e que o tema foi a reforma administrativa.

O nome mais cotado para assumir a Saúde é do deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI). O parlamentar é formado em medicina e especializado em psiquiatria.

Chioro não é o primeiro ministro dos governos petistas demitido por telefone. Em 2004, o então presidente Lula exonerou da mesma forma o então ministro da Educação, Cristovam Buarque, que passava férias em Portugal.

7º ministério ao PMDB

A presidente Dilma está sendo aconselhada a oferecer um 7º ministério ao PMDB para contemplar todas as alas da sigla e garantir apoio quase integral ao governo na busca de aprovar o pacote fiscal e evitar abertura de processo de impeachment contra a petista.

Dilma reuniu-se ontem com o vice-presidente Michel Temer para avaliar as negociações sobre as reformas administrativa e ministerial que ela pretende fechar ainda nesta semana. Mais cedo, teve encontro com o ministro Ricardo Berzoini (Comunicações) e com o assessor especial Giles Azevedo.Em conversas reservadas, peemedebistas mostraram interesse no Ministério da Cultura, hoje comandada por Juca Ferreira, da cota do PT. O PMDB comanda seis pastas e ganharia mais uma.

Temer voltou a dizer que prefere deixar Dilma à vontade para escolher os nomes dos ministros peemedebistas, mas nos bastidores seu grupo quer manter espaço para pelo menos três nomes ligados ao vice: Eliseu Padilha (Aviação Civil), Helder Barbalho (Pesca) e Eduardo Alves (Turismo).

O Povo Online