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domingo, 30 de agosto de 2015

Duplo assassinato é registrado em Crato e policial sai ferido no tiroteio


Dois homens morreram durante um tiroteio e um policial saiu ferido, na noite de sábado, em Crato. O duplo homicídio foi registrado na rua Fortaleza, 54, no bairro Pantanal. O policial Wellington Freire de Sousa Júnior, conhecido como ‘Júnior Quebra Osso’, foi ferido com um tiro no peito e é acusado de ter atirado contra uma das vítimas. 

Ele encontra-se internado no Hospital São Francisco, no Município, escoltado pela polícia. O policial recebeu ordem de prisão e ainda dará depoimento sobre o que aconteceu na cena do crime. 

Ontem, a defesa do policial militar, que atua em Crato, conforme o delegado da regional do Crato, Diogo Galindo, solicitou a sua transferência para um hospital de Barbalha, já que o tiro chegou a atingir o pulmão da vítima.

Há indícios de ligação do duplo homicídio com o crime ocorrido contra o policial Cícero Soares da Silva, falecido no último dia 14, após ter sido baleado 10 dias antes, durante assalto na cidade de Barbalha. Os dois mortos durante a troca de tiros, ambos com passagem pela polícia, foram Antônio Jorge da Silva, de 22 anos, conhecido por ‘Delegado’, que tombou em sua própria residência, e era apontado como traficante de drogas, e Williams Barbosa da Silva, de 31 anos, de Juazeiro do Norte. Ele acompanhava o policial e foi indicado como informante de Wellington.

De acordo com as testemunhas ouvidas na delegacia, na madrugada deste domingo, o autor dos disparos contra ‘Delegado’ foi o policial Wellington. Segundo Diogo Galindo, a vítima estava em casa quando foi surpreendida com a chegada de dois indivíduos, um deles o policial militar do Crato. Após uma discussão houve a troca de tiros, e o policial foi baleado. Por conta dos depoimentos acusando o policial, ele recebeu ordem de prisão e está sob escolta no hospital. “O colega que estava com ele faleceu no local do crime”, afirma.

O delegado afirma que ainda está aguardando o resultado da perícia, para saber os detalhes do crime, e quem, na verdade, atirou contra as vítimas. Nenhuma das armas foram vistas no local do crime, e a polícia está realizando investigações no sentido de encontrá-las. A defesa alega que o policial não chegou a atirar em ‘Delegado’, já que estava esperando o seu informante de frente à casa, em uma moto, onde foi baleado. O policial não estava a serviço, e também deverá esclarecer o motivo de ter ido até a casa Antônio Jorge da Silva.

Defesa alega que policial não atirou em ‘Delegado’

Segundo a defesa de Wellington Freire de Sousa Júnior, representada pelo advogado Décio Almeida Peixoto, a intenção do policial ir até o local, foi para verificar se a pistola .40, pertencente ao soldado morto em Barbalha, estava sendo vendida por ‘Delegado’. Ele obteve a informação por meio de Willams. “Na verdade, ele sequer chegou a entrar na casa. Notou que havia ocorrido uma briga, mas não sabe quem matou quem, e depois recebeu o tiro do lado de fora da casa”, afirma. Conforme o delegado, até hoje também não foi encontrada a arma do policial. E as investigações, para o esclarecimento desses casos, continua. Mesmo esses crimes acontecendo por volta das 18 horas, foi dada entrada na delegacia quase meia-noite.

Diário do Nordeste