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segunda-feira, 14 de julho de 2014

Advogada da família Pesseghini aponta página do Facebook como prova da inocência de garoto


A família de Marcelo Pesseghini, 13 anos, responsabilizado pela morte do pai, da mãe, da avó e da tia-avó em São Paulo, vai pedir nesta segunda-feira (14) a reabertura das investigações para provar a inocência do garoto, informou a advogada dos avós paternos, Roselle Sogli. O caso foi transferido, na última sexta-feira (11), para a Vara da Infância e da Juventude do Ministério Público de São Paulo.

Segundo Roselle, uma página no Facebook que homenageia o pai de Marcelo, o sargento da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Luís Marcelo Pesseghini, foi criada no dia 5 de agosto de 2013, em um horário anterior à descoberta dos corpos.
 
— Com base em todas as falhas existentes no inquérito e à soma deste novo indício relativo ao Facebook, estou pedindo a reabertura das investigações para que sejam feitas pelo Ministério Público e não pela Polícia Civil, já que não há uma confiança nesse sentido na própria polícia.

Segundo a polícia, após matar os familiares, Marcelo se suicidou com um revólver. Pelo boletim de ocorrência, os corpos foram encontrados às 18h por um policial militar e por um parente das vítimas. Já a página do Facebook, batizada de “Sargento Pesseghini”, foi criada às 16h48.

— O Marcelo já estava morto nesse horário, e o corpo já estava se deteriorando. O laudo necroscópico e o próprio relatório do inquérito policial informam que ele morreu entre 12h10 e 14h.

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Roselle diz ter questionado ao Facebook sobre a possibilidade de o horário ter sido adulterado  na rede social. Segundo ela, a empresa informou, em resposta extraoficial, que a alteração não é possível.

— Também consultei vários especialistas de internet, que me afirmaram que a alteração do horário de criação dessa página é impossível, a não ser por um bug, o que nunca foi relatado desde a criação do Facebook. Então, pra mim, fica muito evidente que não foi o Marcelo e que a pessoa conhecia o fato de a família toda estar morta.

A reportagem do R7 entrou em contato com o Facebook, que respondeu que não vai comentar o caso.

De acordo com a advogada, a família espera que a Vara da Infância e da Juventude possa reverter o caso e trazer evidências de que Marcelo não foi o culpado. Os avós paternos, que não foram ouvidos pela investigação, não duvidam de que o garoto é inocente.

— Os avós costumam dizer que o Marcelo era uma criança que não sabia dirigir, não sabia atirar, era muito dócil e também muito doente. Inclusive, não tinha a menor condição física inclusive de praticar todos esses crimes.

Então responsável pelas investigações, o DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) informou que não mais se manifesta sobre o caso, uma vez que ele foi encaminhado à Justiça.

PORTAL R7