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terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Desaprovação de presidenciáveis cai; Temer passa a ter rejeição de 92%


temer

Resultado não revela melhora no índice de aprovação, e sim no aumento da taxa de desconhecimento ante os levantamentos anteriores

   Na pesquisa de janeiro de 2018 da série Barômetro Político Estadão-Ipsos, quase todos os nomes avaliados tiveram queda na taxa de desaprovação, mas sem que isso resultasse em melhora equivalente no índice de aprovação, e sim no aumento da taxa de desconhecimento em comparação com levantamentos anteriores.

A desaprovação ao presidente Michel Temer, por exemplo, passou de 97% para 92%. Na contramão dessa tendência, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve praticamente estáveis suas taxas de aprovação (44%) e desaprovação (54%). A pesquisa, porém, foi feita antes do julgamento que confirmou a condenação do petista por corrupção e lavagem de dinheiro em segunda instância.

Em relação a outros possíveis candidatos a presidente, houve queda na taxa de desaprovação de Geraldo Alckmin (de 72% para 63%), Henrique Meirelles (75% para 63%), Jair Bolsonaro (62% para 57%), Joaquim Barbosa (44% para 37%), Rodrigo Maia (73% para 66%) e Ciro Gomes (65% para 61%). Todos tiveram aumento na taxa de desconhecimento. 

No caso do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, a desaprovação caiu de 85% para 70% entre dezembro e janeiro, mas a aprovação apenas oscilou de 1% para 3%. Já os entrevistados que responderam não saber ou não conhecer o suficiente para avaliar passaram de 14% para 27%.

Explicação

Para Danilo Cersosimo, diretor do Ipsos, uma hipótese para explicar o fenômeno seria uma retração na rejeição generalizada ao status quo, com o aumento do conformismo com os personagens que participarão da eleição ou estarão em postos de comando quando ela ocorrer. 

"Houve aumento do desconhecimento de nomes que não têm imagem consolidada", disse Cersosimo. "A troca de desaprovação por desconhecimento mostra que as pessoas querem analisar melhor esses nomes", avaliou. O Ipsos ouviu 1,2 mil entrevistados entre os dias 2 e 11 de janeiro, em 72 municípios de todo o País.

   Red; DN